O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, declarou nesta segunda-feira (29), em pronunciamento nacional, que vai dissolver o Parlamento e antecipar a eleição geral, marcada para dezembro, para o dia 23 de julho.
A decisão de Pedro Sánchez ocorre após a esquerda sofrer uma derrota acachapante para o PP e para o Vox (extrema direita).
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Em seu pronunciamento, o primeiro-ministro declarou que assume a "responsabilidade pessoal pelos resultados e acredito que é necessário responder e submeter nosso mandato democrático à vontade popular".
O Partido Socialista dos Trabalhadores Espanhóis (PSOE), legenda do primeiro-ministro, e seu aliado, o Podemos, perderam em oito das doze regiões, incluindo Madri e Valência, onde o PP, direita tradicional, e o Vox, extrema direita venceram.
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Ada Colau perde as eleições em Barcelona
A Espanha realizou neste domingo (28) a eleição municipal e regional. Os primeiros resultados mostram uma vitória arrebatadora do PP, tradicional sigla da direita espanhola, e uma dura derrota do PSOE, partido do primeiro-ministro Pedro Sánchez, que foi varrido do mapa eleitoral.
Uma das derrotas mais simbólicas é a de Ada Colau, em Barcelona, tradicionalmente governada pelo PSOE. Colau reconheceu a derrota.
Em Barcelona, a prefeitura ficou com o conservador Xavier Trias, que elegeu 11 vereadores. Em segundo lugar ficou o PSC com 10 cadeiras. E na terceira posição, Ada Colau, com o Barcelona em Comum! com 9 vereadores.
Pode ser que Barcelona permaneça nas mãos da esquerda - PSC, Comuns e ERC - que elegeu mais de 21 vereadores e tem maioria absoluta. No entanto, precisa chegar a um acordo em torno de um nome, que não será o de Ada Colau.
Giro à direita
Levantamento do jornal espanhol El País mostra que o Partido Popular venceu as eleições municipais com uma vantagem de mais de 760 mil votos sobre o PSOE.
Além disso, o PP tirou quatro comunidades autônomas do PSOE, mas, para governarem precisarão se unir ao Vox, partido de extrema direita em franca ascensão no país. São elas: Valência, Extremadura, Aragão e Ilhas Baleares.
Em Madrid, onde também conquistaram maioria absoluta, o presidente do PP, Alberto Nuñez Feijóo afirmou que o resultado da eleição municipal marca o "início de uma nova mudança política" e, de olho na eleição geral de dezembro, afirmou: "minha hora chegará se os espanhóis quiserem".
Apesar da empolgação do PP, o líder do Vox, Santiago Abascal, lembrou a Feijóo que a sigla de extrema direita será "decisiva" para derrotar Pedro Sánchez na eleição geral.
A porta-voz do PSOE, Pilar Alegría, admitiu a derrota de seu partido para o PP e afirmou que os conservadores "absorveram" todos os votos dos Ciudadanos, partido de centro. Além disso, a trágica performance do Podemos na eleição também ajudou os conservadores a ganharem mais votos e varrerem a esquerda das prefeituras.