Uma reportagem da BBC publicada nesta quarta-feira revelou que mais de 100 funcionários da rede McDonald's denunciaram casos de assédio e importunação sexual em ambiente de trabalho. As denúncias foram feitas por funcionários que trabalham no Reino Unido.
As acusações se referem a casos que ocorreram depois que a empresa firmou um acordo para prevenir o abuso sexual no trabalho em fevereiro do ano passado. São 31 denúncias de assédio sexual, 78 denúncias de importunação sexual, 18 denúncias de racismo e 6 acusações de homofobia.
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As denúncias foram feitas inclusive por menores de idade. Uma jovem de 17 anos afirmou que seu gerente lhe tocara nas nádegas, além de ter a estrangulada em meio a um turno de trabalho.
Uma das vítimas, identificada como Shelby, de 16 anos de idade, disse que um chefe lhe "tocava a barriga, a cintura e o traseiro" no meio dos turnos de trabalho. Segundo as denúncias ouvidas pela BBC, chefes de trabalho homens e maiores de idade se aproveitavam do pequeno espaço da cozinha para cometer os crimes.
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O diretor do McDonald's para o Reino Unido e Irlanda, Alistar Macrow, pediu desculpas, afirmando que os mais de 170 mil funcionários da empresa "merecem trabalhar em um ambiente profissional seguro, respeitoso e inclusivo", mas também reconheceu que os casos de assédio ocorreram na empresa.
"Investigaremos todas as alegações que nos forem apresentadas e todas as violações comprovadas de nosso código de conduta serão enfrentadas com as medidas mais severas que pudermos impor legalmente, incluindo demissão", afirmou Alistar.
Em 2015, o sindicato dos trabalhadores de fast-food já havia realizado uma denúncia coletiva afirmando que mais de mil funcionários do McDonald's haviam relatado situações de assédio sexual dentro da empresa.