“Quem disse que todas as propagandas políticas precisam ser chatas e caretas?”, perguntam em inglês diversas postagens que repercutem, mundo afora, uma propaganda política completamente fora do comum. Lançada no último mês de dezembro nos Estados Unidos, é talvez a propaganda política mais erótica e bem humorada dos últimos tempos.
O vídeo começa com uma cena pra lá de picante, em que um casal, já na cama e seminu, começa as preliminares do sexo. Em dado momento a moça diz para o companheiro pegar uma camisinha. Ele abre a gaveta mas na hora que vai puxar o preservativo, toma o maior susto. Um homem velho, branco e de terno e gravata aparece do nada e pega o preservativo antes do jovem apaixonado.
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“Desculpe, vocês não podem fazer isso”, diz o velho. O casal, enojado, pergunta quem ele é. “Eu sou o seu parlamentar republicano, e agora que estamos no controle, vamos banir o controle de natalidade”, responde.
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Em seguida a moça, envergonhada e revoltada, diz que essa decisão é dela e de seu companheiro e não de velhos republicanos que sabe-se lá quando tiveram relações sexuais pela última vez. Ela manda o homem sair do quarto, mas ele responde: “Ganhei as últimas eleições e não vou a lugar nenhum. Vou só observar e garantir que vocês não façam nada ilegal”.
A propaganda é do Partido Democrata, o mesmo do presidente Joe Biden, e faz alusão a votação vergonhosamente expressiva dos parlamentares do Partido Republicano, de Donald Trump, contra uma lei que busca regular, proteger e ampliar a utilização de métodos anticoncepcionais no país. Ao todo, 195 parlamentares conservadores votaram contra essa lei em julho de 2021. A crítica dos democratas aponta que os conservadores querem controlar a intimidade dos cidadãos americanos e a propaganda, além de ironizar a própria figura do parlamentar conservador, faz um apelo para que não se vote neles.
A Lei do Direito à Contracepção regula o direito à contracepção em lei federal dos EUA ao criar um direito estatutário para as pessoas obterem e usarem contraceptivos. Também garante proteção legal para médicos que fornecem e receitam anticoncepcionais. O projeto de lei protege uma variedade de contraceptivos aprovados pela FDA (Food and Drug Administration; órgão equivalente à Anvisa) e define contracepção como qualquer “ação tomada para prevenir a gravidez, incluindo o uso de contraceptivos ou métodos baseados na conscientização da fertilidade e procedimentos de esterilização”.
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