Uma pesquisa feita pela Ipsos mostrou que a AfD (Alternativa Para a Alemanha) pontuou, pela primeira vez, o segundo lugar nas intenções de voto para o parlamento do país.
O estudo feito pelo órgão de pesquisa mostra o partido de extrema-direita, com inclinações neonazistas, à frente dos sociais democratas, que atualmente ocupam o posto de primeiro ministro.
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Na semana passada, a AfD já havia conquistado a primeira prefeitura de sua história na cidade de Raguhn-Jeßnitz, no leste do país.
A região, onde o comunismo floresceu na Alemanha entre os anos 1950 e 1990, se tornou o principal curral eleitoral da extrema-direita, que se aproveita da insatisfação popular com os serviços públicos e do discurso anti-imigração para crescer de maneira intensiva.
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Existe um pacto entre os grandes partidos alemães (SPD, de centro esquerda, CDU, de centro direita, Grune, partido verde e FDP, partido liberal) para que nenhum deles se coligue com o AfD.
A pesquisa da Ipsos mostra a CDU com 26%, a AfD com 22%, o SpD com 18%, os Grüme 14%, os FDP com 7% e a esquerda Die Linke com 5%.
O sistema pluripartidário dificulta as chances de a AfD conquistar o executivo alemão, mas mostra de forma preocupante uma possível ascensão da extrema-direita.
O AfD é um partido de extrema-direita que defende rígidas políticas de imigração e conta com membros neonazistas em suas fileiras.
O partido é investigado por ligações com organizações neonazistas pela suprema corte alemã, mas tem crescido assustadoramente e preocupa os analistas.
Vale ressaltar que Adolf Hitler só pode chegar ao poder nos anos 1930 por articulação de Franz Von Papen, membro do Zentrum, então partido de centro-direito da República de Weimar, que permitiu a ascensão dos nazistas ao executivo alemão.
É pensando nisso que os grandes blocos políticos germânicos tentam evitar a ascensão da AfD. Contudo, se as votações expressivas continuarem avançando, é possível imaginar uma quebra deste acordo.