EXTREMISMO

Cidade da Alemanha elege primeiro prefeito da extrema direita

Raguhn-Jessnitz, tem cerca de nove mil habitantes, está localizada no leste do país e terá como prefeito Hannes Loth, candidato da Alternativa para a Alemanha (AfD)

Créditos: Reprodução internet - Hannes Loth é o primeiro prefeito de extrema direita eleito na Alemanha
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O partido de extrema direita alemão deu mais um passo em sua ascensão ao eleger seu primeiro prefeito em tempo integral, apenas uma semana após conquistar seu primeiro cantão.

Hannes Loth, de 42 anos, candidato da Alternativa para a Alemanha (AfD), foi eleito prefeito de Raguhn-Jessnitz, uma cidade com cerca de nove mil habitantes na região da Saxônia-Anhalt, leste do país, de acordo com os resultados divulgados na página da prefeitura no Facebook.

Com 51,13% dos votos, Loth, um ex-agricultor que já era deputado regional pelo AfD, derrotou o candidato independente Nils Naumann.

Apenas uma semana atrás, o partido de extrema direita conquistou a presidência do cantão de Sonneberg, na região oriental da Turíngia.

"Após o primeiro cantão, agora temos o primeiro prefeito em tempo integral da AfD", comemorou um membro do partido, Christian Blx, nas redes sociais.

Alguns vilarejos alemães já tiveram prefeitos da AfD no passado, mas eram cargos voluntários que combinavam com empregos remunerados.

Este último resultado ocorre em um contexto de forte crescimento nas pesquisas para esse partido anti-imigração, eurocético e defensor de posições pró-Rússia, fundado há uma década.

De acordo com uma pesquisa do instituto Insa publicada neste domingo pelo jornal dominical Bild, a AfD está na frente, com 20% das intenções de voto, em relação ao Partido Social-Democrata do chanceler Olaf Scholz (19%).

Nas últimas eleições legislativas de 2021, os ultradireitistas conquistaram 10,3% dos votos.

No entanto, nos últimos meses, o partido tem se fortalecido com o descontentamento de parte do público alemão devido a fatores como a inflação e a transição verde impulsionada pelos Ecologistas no atual governo de coalizão.