Diferentemente dos felinos de estimação, que, na maioria dos casos, são dóceis e companheiros de milhares de pessoas no mundo, os gatos-do deserto são considerados “assassinos letais”, apesar da aparência frágil.
Um estudo de quatro anos publicado pelo Journal of Arid Environments (revista científica que aborda pesquisas sobre os aspectos físicos, biológicos e culturais de ambientes áridos, semiáridos e desérticos) revelou informações surpreendentes a respeito desses felinos e sua vida em condições extremas e remotas nos desertos de África, Ásia e Oriente Médio.
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Entre as curiosidades, os gatos-do-deserto atacam roedores e répteis, incluindo cobras venenosas. Além disso, eles, por falta de acesso à água, matam a sede bebendo o sangue de suas vítimas para sobreviver.
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O trabalho concluiu, ainda, que os gatos-do-deserto são capazes de percorrer distâncias maiores do que qualquer outro gato do seu porte.
Esta espécie foi registrada pela ciência em 1858. Porém, somente há sete anos, os gatos-do-deserto foram fotografados na natureza pela primeira vez.
Outra informação relevante descoberta pelo estudo é que o número de gatos-do-deserto está diminuindo, apesar de a espécie estar na lista como “menos preocupante” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Os tamanhos da área do habitat natural desses bichos podem significar que a população é menor do que as estimativas anteriores apontavam, de acordo com a coluna Ecoa, no UOL.
Por causa deste cenário, os autores da pesquisa estão reivindicando que a IUCN reconheça o panorama inóspito do deserto, muito vulnerável a mudanças climáticas. Com isso, o status do gato-do-deserto na lista pode mudar.
Ação dos homens prejudica os felinos
Outro aspecto que corrobora com a tese dos pesquisadores é que a distribuição da espécie está diminuindo em regiões onde a atividade humana influenciou negativamente seu habitat.
Exemplo: cães pastores são capazes de matar esses felinos, gatos domésticos podem ser portadores de doenças perigosas que são transmitidas aos selvagens, além de existirem casos de gatos-do-deserto capturados para o comércio ilegal de animais de estimação.