MARINHA

Governo dos EUA teria escondido a verdade sobre implosão de submarino Titan

Informação publicada pelo Wall Street Journal joga ainda mais mistério sobre caso dos bilionários

Som da implosão de nave submergível já havia sido captada pelos sensores da MarinhaCréditos: Divulgação
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Uma reportagem publicada pelo jornal estadunidense Wall Street Journal afirma que a marinha dos EUA já havia captado o barulho da implosão do submarino Titan muito antes da confirmação das mortes e decidiu continuar as buscas mesmo assim.

Segundo a reportagem, que ouviu oficiais da marinha estadunidense, um barulho de implosão incomum para as águas do Atlântico foi registrado no mar alguns instantes antes da confirmação do desaparecimento do submarino, ainda no domingo (17).

Quando houve a confirmação do desaparecimento do submergível, boa parte dos oficiais da marinha já sabiam que o objeto havia explodido, mas decidiram prolongar as buscas atrás de outras evidências que confirmassem o desaparecimento da nave da OceanGate.

Os dados dos sensores acústicos da marinha foram combinados com informações de aviões de vigilância e boias com sonares na superfície para triangular a localização aproximada do Titan. Assim, foi determinada a região de pesquisa da Guarda Costeira.

A análise dos dados acústicos submarinos e as informações sobre a localização do ruído foram então repassadas ao oficial da Guarda Costeira encarregado das buscas, o comandante John Mauger, que encontrou, nesta quinta-feira, os destroços do submarino.

Por conta da falta de "evidência conclusiva", seria irresponsável pressupor que algum dos cinco passageiros morreram, afirmam os oficiais estadunidenses. Não se sabe o quanto a informação havia sido compartilhada entre as equipes de busca.

A informação não foi divulgada para os familiares das vítimas ou com a imprensa antes da confirmação oficial da morte de Shahzada Dawood, Suleman Dawood, Hamish Harding, Paul-Henri Nargeolet e Stockton Rush.

A informação foi publicada nesta quinta-feira no Wall Street Journal e republicada pelo The New York Times, que confirmou o dado com outros oficiais da marinha dos EUA sob condição de anonimato.