SUBMARINO TITAN

Titan: Chega ao fim oxigênio do submarino que era guiado por controle de PlayStation

Em vídeo gravado anteriormente, Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate e piloto do submarino, mostra o equipamento amador da embarcação; veja aqui

Stockton Rush, CEO da OceanGate.Créditos: Reprodução de Vídeo
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O prazo previsto para durar 96 horas do oxigênio do Submarino Titan, desaparecido desde domingo (18), no Oceano Atlântico, terminou às 7h da manhã desta quinta-feira (22). No momento em que é escrita esta reportagem, as esperanças de que seus quatro passageiros e o diretor-executivo da OceanGate e piloto do submarino, Stockton Rush, estejam vivos é praticamente nula.

O responsável pela tragédia, no entanto, tem nome e sobrenome e, ao menos desta vez, ele está dentro da embarcação. O próprio Rush já mostrou em vídeo promocional feito no ano passado, quase em tom jocoso, que o seu submarino era operado por um controle de videogame que custa 42 euros (cerca de R$ 219).

O controle de videogame mostrado no vídeo é do modelo Logitech F710 e, após algumas alterações de adequação, foi ligado a três telas touchscreen para ser utilizado no submarino. A filmagem mostra o próprio CEO da OceanGate, Stockton Rush, realizando um tour no interior do veículo e explicando o funcionamento do joystick junto a embarcação.

“Tudo é comandado por este controlador de game e nossas touchscreens. Se você quiser ir para frente, vai para frente, se quiser ir para trás, vai para trás, e é tudo controlado por bluethooth”, afirma Rush. 

Veja abaixo:

"Tudo pareceu amador"

David Pongue, repórter da CBS News, contou à TV Globo que em novembro do ano passado conferiu de perto o design e dinâmica do submarino que desapareceu e “tudo pareceu amador”. O jornalista desceu só 10 metros de profundidade durante a sua visita porque o submersível apresentou problemas técnicos. 

Ele acrescentou que a embarcação não tem GPS ou cabo ligado à superfície, sendo conduzido por mensagens de textos trocadas com equipe em solo. Ele também divulgou que, ao aceitar embarcar, os passageiros assinam um termo que descreve o submarino como “embarcação submersível experimental que não foi aprovada ou certificada por nenhum órgão regulador e pode resultar em lesões físicas, incapacidade, trauma emocional ou morte”. 

A OceanGate Expeditions cobra mais de R$ 1 milhão por um lugar na jornada de 8 dias para avistar o navio mais famoso do mundo de perto.