Um barco pesqueiro que abrigava imigrantes ilegais naufragou na costa da Grécia na manhã desta quarta-feira (14). Segundo a agência de notícias grega ERT, 59 pessoas morreram de hipotermia após o revés da embarcação e outras 104 foram resgatadas com vida no mar Mediterrâneo.
O barco era oriundo da Líbia e fazia uma rota comum de imigração ilegal em direção à região do Peloponeso. Segundo informações preliminares, a extensa maioria dos imigrantes tinham como origem o Afeganistão - que voltou a ser um polo de diáspora desde a implantação do governo do Talibã - e o Paquistão.
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O número de mortos tem crescido drasticamente e pode seguir aumentando enquanto as operações de resgate continuam na costa da Grécia.
“Houve um aumento dramático na contagem de mortos, que está subindo a cada hora”, disse um funcionário da marinha grega ao britânico Guardian. “A especulação é de que até 600 pessoas estavam a bordo, mas isso não foi confirmado. O navio está debaixo d'água. Afundou", completou.
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Recentemente, diversos barcos tem naufragado nas regiões do Mediterrâneo, em especial em Grécia, Tunísia e Itália, revelando a intensidade dos problemas migratórios no mundo.
“Estamos vendo um número crescente navegando em mar aberto, o que é mais perigoso, porque são locais mais propensos a tempestades”, disse Natassa Strachimi, advogada da Refugee Support Aegean, uma ONG que fornece assistência jurídica a requerentes de asilo.
A Grécia é um dos países que tem intensificado sua política anti-imigração nos últimos anos, em especial por sua proximidade da fronteira com a Turquia e com a Líbia, dois polos importantes na rota de imigrantes oriundos de África, do Oriente Médio e da Ásia Central.