Um grupo de manifestantes judeus radicais tentou expulsar um grupo de cristão evangélicos que rezavam nas proximidades do Muro das Lamentações, localizado em Jerusalém, território sob domínio israelense. O incidente ocorreu nesta segunda-feira (29).
Os evangélicos estavam visitando o Davidson Center - local com extenso material arqueológico sobre a história palestino-israelense - e, como resposta, um grupo de fundamentalistas judeus decidiu entrar em rota de colisão com os cristãos, que estavam na cidade sagrada em uma peregrinação de Pentecostes. A maioria dos peregrinos eram dos EUA.
Te podría interesar
Em vídeos, é possível identificar o presidente da assembleia de vereadores de Jerusalém, Aryeh King, no meio do conflito. King é um militante de extrema-direita.
Confira as imagens:
Te podría interesar
Solicitado a comentar o incidente ao Times of Israel, o Ministério das Relações Exteriores israelense disse que condena “qualquer dano à liberdade de religião e culto em Jerusalém” e qualquer ataque a figuras religiosas na cidade.
Em nota, o órgão ressaltou que Jerusalém “é sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos, e tem um valor central no tecido social da cidade”.
O evento marca um racha entre duas comunidades que apoiam devotamente o estado de Israel e o governo de Benjamin Netanyahu,
Muitos cristãos evangélicos dos EUA, Brasil e Europa decidiram se mudar para Israel como parte de um apoio ao estado judeu. Eles apoiam financeiramente o exército do país, além de terem participação essencial dentro das relações exteriores do governo de Bibi.
Porém, a base da gestão Netanyahu também é composta por judeus fundamentalistas, como os Kahanistas, a exemplo de Itamar Ben Gvir, ministro de Segurança Nacional do país.
Diversos judeus de extrema-direita afirmam que Israel, seus assentamentos na Palestina e o restante do território palestino sejam dominados apenas pelo judaísmo, sem espaço para outras religiões.