GUERRA

Cessar-fogo em Gaza: após mediação do Egito, Jihad e Israel param agressões

Após semana de mortes e bombardeios, palestinos e israelenses encerram hostilidades

Edifício destruído em GazaCréditos: Oxfam
Escrito en GLOBAL el

Nesta domingo (14), as hostilidades entre Jihad Islâmica Palestina (JIP) e a Força Aérea Israelense (IAF) foram suspensas. Israel matou alguns líderes do movimento de resistência palestino-islâmico e o grupo decidiu revidar, bombardeando cidades do sul do país, além da capital Tel Aviv.

O acordo mediado pelo governo de Abdul Al-Sisi, do Egito, foi fechado na sexta-feira pela noite, mas não foi obedecido pela Jihad Islâmica Palestina no sábado.

Neste domingo, as hostilidades foram suspensas, o que dá tranquilidade para as mais de 2 milhões de pessoas que vivem em Gaza, considerada a maior prisão a céu aberto do mundo.

No início da semana, o governo israelense bombardeou Gaza e matou 33 pessoas, incluindo quatro crianças e três mulheres. O alvo eram três líderes políticos da Jihad Islâmica Palestina. Em Israel, duas pessoas morreram

O grupo de resistência palestino decidiu revidar e atacou o sul de Israel. O domo de ferro, que destrói projéteis no ar sem a necessidade de interceptação, conseguiu impedir a queda da maioria dos mísseis.

Apesar do cessar-fogo instaurado pelo Egito, as hostilidades continuaram por algumas horas seguintes. Após os bombardeios pararem, ambos os grupos confirmaram a suspensão do conflito.

O discurso de Netanyahu, primeiro ministro israelense, contudo, não é positivo. Bibi - que enfrenta uma crise política na luta pela reforma do judiciário - deseja um conflito aberto contra Gaza e declarou continuidade no combate à JIP. Já a Jihad Islâmica Palestina promete insistir no conflito, sabendo que a opinião pública israelense está dividida frente aos avanços da extrema-direita no país.

A Palestina está aguardando uma redução nas hostilidades para instauras um governo unificado entre Cisjordânia e Faixa de Gaza, o que também dificulta uma resistência organizada contra a colonização israelense.