O presidente Bashar al-Assad chegou quinta-feira (18) a Jidá, na Arábia Saudita, para participar da 32ª rodada da Liga Árabe. É a primeira vez que o país participa do encontro - considerado de máxima importante para o Oriente Médio e para o Norte da África - desde o início da Guerra Civil da Síria, em 2011.
Assad é um líder da velha guarda nacionalista árabe, que rivaliza no campo político do Oriente Médio com estados mais teológicos, como a Arábia Saudita, os Emirados Árabes e o Catar.
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Contudo, após os terremotos do início do ano que assolaram Síria e Turquia, os países árabes decidiram deixar as desavenças com o partido Ba'ath de lado e restabelecer os laços econômicos e diplomáticos com Damasco.
Apesar da Guerra Civil ainda não ter oficialmente acabado, o governo Bashar Al-Assad conseguiu, com apoio da Rússia, controlar os grupos rebeldes e o estado islâmico. Apenas alguns focos do conflito seguem em atividade no norte e no leste do país, mas o conflito está praticamente controlado.
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Com os problemas causados pelos terremotos, a Síria ficou isolada pelo Ocidente. Foram poucos os países além dos estados árabes que enviaram apoio humanitário para o país.
A normalização de relações entre Arábia Saudita - principal voz dentro da Liga Árabe junto com o Egito - e Irã - aliado máximo de Assad - também facilitou a reaproximação histórica.
Nesta quinta-feira, Assad foi recebido por pelo príncipe Badr Bin Sultan Bin Abdulaziz Al Saud, Emir Adjunto de Meca e pelo Secretário-Geral da Liga dos Estados Árabe, Ahmed Aboul Gheit, e o Secretário do Governo de Jeidá, Saleh bin Ali Al Turki.
O Presidente al-Assad recebeu em 10 de maio um convite do rei Salman bin Abdulaziz Al Saud, para participar da cúpula da Liga Árabe. Durante o encontro, o Presidente Al-Assad cumprimentou e agradeceu ao rei pelo convite, enfatizando que a cúpula árabe na Arábia Saudita fortalecerá a ação árabe conjunta para alcançar as aspirações dos povos árabes.
Com informações de Syrian-Arab News Agency (veículo sírio) e Arab News (veículo saudita).