Em entrevista ao veículo russo Sputnik, o presidente sírio Bashar al-Assad afirmou que a Terceira Guerra Mundial já está em curso. A declaração foi concedida após um encontro com Vladimir Putin em Moscou nesta nesta quarta-feira (15).
Sob o comando de Assad, a Síria é a principal aliada da Rússia no Oriente Médio. Uma parte do exército russo localizado no Donbass lutou na guerra civil que ocorre desde 2011. A participação russa no combate a grupos terroristas como o Estado Islâmico e rebeldes anti-regime começou em 2015.
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O presidente foi a Moscou para renovar os laços militares com Putin. O chefe de estado afirmou que a Síria reconhece as novas fronteiras russas, incluindo as regiões de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia.
O Kremlin foi um dos aliados que mais enviou recursos para a Síria após os terremotos de 6 de fevereiro, que deixaram mais de 5,8 mil pessoas sem vida.
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Guerras por procuração
A visita confirmou um reforço de alianças entre os chefes de estado. Além disso, Bashar al-Assad pôde conceder sua análise sobre a situação geopolítica global. Ele foi questionado sobre a possibilidade de uma guerra mundial começar em breve, com aumento das provocações entre Rússia e OTAN.
Assad afirmou que é necessário construir uma aliança entre estados contra a hegemonia dos EUA. "Não podemos dizer, que existe tal Estado que pode acabar com a agressão americana, que dura pelo menos três décadas desde o colapso da União Soviética ou até mais - desde a Guerra da Coreia. Mas há métodos diferentes. Se estamos falando de atividades políticas, precisamos de uma coalizão entre vários países", disse.
Além disso, o comandante de Damasco também afirmou que o conflito entre potências ocorre neste momento. "Acredito que a Terceira Guerra Mundial está acontecendo, mas é diferente em forma. Quero dizer, guerras mundiais costumavam ser tradicionais. Os exércitos de várias nações agiam contra vários outros. Agora, essa situação existe, mas por causa das armas modernas, especialmente as armas nucleares, há um impedimento à guerra tradicional, então as guerras vão na direção de guerras por procuração", afirmou Al-Assad à Sputnik.
Atualmente, além da guerra na Ucrânia, os conflitos na Etiópia e Iêmen, bem como a própria Guerra Civil Síria, são interpretadas como proxy wars.