Em um vídeo emocionante, que mescla a vida dedicada à construção da democracia e os feitos que tiraram a Agentina de um cenário caótico levada pelo governo anterior, do direitista Maurício Macri, Alberto Fernández anunciou nesta sexta-feira (21) que não será candidato à reeleição da Argentina nas eleições presidenciais que acontecem em outubro próximo.
"O próximo dia 10 de dezembro de 2023 é o dia exato em que completaremos 40 anos de democracia. Neste dia entregarei a faixa presidencial a quem quer que seja escolhido legitimamente nas urnas pelo voto popular", disse Fernández referindo-se à data da posse do futuro presidente argentino.
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"Trabalharei fervorosamente para que seja um companheiro ou uma companheira do nosso espaço político, que represente quem seguimos, e seguiremos lutando por uma pátria justa, com equidade e felicidade para todos e todas", emendou, sinalizando desde já o apoio a um candidato do campo progressista.
No entanto, com a desistência de Fernández em disputar às próximas eleições, o cenário política argentino fica totalmente aberto a novos candidatos que orbitam os principais nomes tanto entre progressistas quanto para conservadores.
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A vice-presidenta Cristina Kirchner, que enfrenta um processo de perseguição judicial no país, e Macri, o principai adversário da esquerda, também já haviam anunciado que não vão entrar na disputa.
Peronismo e kirchnerismo
No vídeo, Fernandez - amigo antigo de Lula - lembra de seu passado peronista e mostra imagens de sua trajetória desde quando atuou como chefe de Gabinete do presidente Néstor Kirchner, marido de Cristina, que morreu em outubro de 2010.
"Essa responsabilidade e compromisso me levam hoje, como presidente da nação, a estar convencido, sem espaço para nenhuma dúvida, que tenho que concentrar meus esforços, meu compromisso e meu coração em resolver os problemas dos argentinos e das argentinos. Nunca pus uma missão pessoal à frente de uma necessidade do coletivo. Como militante peronista sempre soube que a pátria estava em primeiro, depois o movimento e depois os homens. É por isso que vou cumprir com essa ordem de prioridades", afirmou.
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