O Departamento de Defesa dos EUA revelou ao público um vídeo do momento em que o caça russo Sukhoi SU-27 se aproximou do drone espião estadunidense. A interceptação ocorreu na terça-feira (14) e as imagens foram divulgadas na quinta (16).
A Rússia afirmou através de seu Ministério da Defesa que não atacou propositalmente o drone estadunidense e alertou que o objeto estava muito próximo das fronteiras russas.
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O Pentágono contrapôs a versão do Kremlin, afirmando que o ataque foi uma "imprudente interceptação". Posteriormente, vídeos do drone militar de vigilância Reaper foram divulgados pela Casa Branca. Nas imagens, é possível ver o Su-27 despejando combustível no equipamento dos EUA.
Confira o registro:
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JUST IN - U.S. releases a video showing the collision of the Russian fighter jet with the MQ-9 Reaper drone over the Black Sea.pic.twitter.com/MHuGIUkxyL
— Disclose.tv (@disclosetv) March 16, 2023
"Ponto mais baixo da história
O drone caiu no Mar Negro, que é região de conflito entre Ucrânia e Rússia. Os drones MQ-9 Reaper são utilizados para coletar informações e espionar territórios.
Os EUA afirmam ter limpado o equipamento para que informações sensíveis não fossem obtidas pelo exército russo. A aeronave não-tripulada caiu nas proximidades da península da Crimeia, atualmente sob controle de Moscou.
O caso abalou as relações entre as potências. O Ministério de Relações Exteriores da Rússia afirmou, um dia depois do incidente, que as relações Kremlin-Casa Branca estavam "no ponto mais baixo da história".
Jack Austin, secretário de Defesa dos EUA, disse que não vai se intimidar com o ataque. "Os Estados Unidos continuarão voando e operando onde o direito internacional permitir", afirmou o chefe da pasta em coletiva.
Por se tratar de um veículo não-armado e por um ataque em águas internacionais, a tendência é que a desinteligência entre as potências não cause grandes consequências a curto prazo.