O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou neste sábado (24) uma série de emendas ao código penal relativo ao serviço militar. Com a nova diretriz, a deserção de soldados russos ou o não comparecimento ao serviço militar serão punidos com penas de prisão de cinco a 10 anos.
As emendas assinadas por Putin também preveem 15 anos de prisão por deserção durante a mobilização nacional ou lei marcial.
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As novas medidas assinadas pelo presidente russo já haviam sido aprovadas pelo Parlamento da Rússia na última semana. Também foi anunciado neste sábado a substituição do mais alto comandante militar para questões logísticas, o general do Exército Dmitry Bulgakov, que foi substituído pelo general Mikhail Mizintsev.
O novo comandante para questões logísticas nomeado por Putin e conhecido na imprensa ucraniana como "o açougueiro de Mariupol", pois, Mizintsev é apontado como o responsável pelos ataques que destruíram a cidade da Ucrânia e também pela forma brutal como os cidadãos ucranianos foram tratados.
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Putin eleva o tom e ameaça usar armas nucleares: "Isso não é um blefe"
Em seu discurso, Putin fez uma ameaça direta aos países do Ocidente e afirmou que dispõe de "vários meios de destruição". "Quero lembrá-los que nosso país também tem vários meios de destruição e, em alguns componentes, mais modernos do que os dos países da OTAN. E se a integridade territorial do nosso país estiver ameaça, certamente usaremos todos os meios à nossa disposição para proteger a Rússia e o nosso povo".
Sobre o uso de "outros meios de destruição", Putin fez questão de destacar de não se trata de um blefe. "Isso não é um blefe! Os cidadãos da Rússia podem ter certeza de que a integridade territorial de nossa pátria, nossa independência e liberdade serão asseguradas, enfatizarei isso novamente, com todos os meios à nossa disposição. E aqueles que tentam nos chantagear com armas nucleares devem saber que os ventos predominantes podem se transformar em sua direção", ameaçou o mandatário russo.