No mesmo dia em que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez ameaças nucleares contra os países que compõem OTAN, o chanceler do governo Bolsonaro (PL), Carlos França, se reuniu com o representante da diplomacia russa Sergei Lavrov.
Segundo nota do Ministério de Relações Exteriores russo, Lavrov e França conversaram sobre "o estado e as perspectivas para o desenvolvimento das relações de parceria estratégica bilateral. Também esteve em pauta a análise de acordos realizados entre o governo brasileiro e o russo durante a visita de Bolsonaro a Moscou, em fevereiro deste ano.
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O comunicado da chancelaria russa também revela que foi reforçado "o firme compromisso de fortalecer a interação entre Rússia e Brasil na ONU e ampliação de espaços multilaterais como a ONU, G20 e o Brics.
Apesar do Itamaraty não ter emitido nota sobre a reunião, foi divulgado pelas redes sociais uma foto com os dois representantes das políticas exteriores dos respectivos países.
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Putin eleva o tom e ameaça usar armas nucleares: "Isso não é um blefe"
Em seu discurso, Putin fez uma ameaça direta aos países do Ocidente e afirmou que dispõe de "vários meios de destruição". "Quero lembrá-los que nosso país também tem vários meios de destruição e, em alguns componentes, mais modernos do que os dos países da OTAN. E se a integridade territorial do nosso país estiver ameaça, certamente usaremos todos os meios à nossa disposição para proteger a Rússia e o nosso povo".
Sobre o uso de "outros meios de destruição", Putin fez questão de destacar de não se trata de um blefe. "Isso não é um blefe! Os cidadãos da Rússia podem ter certeza de que a integridade territorial de nossa pátria, nossa independência e liberdade serão asseguradas, enfatizarei isso novamente, com todos os meios à nossa disposição. E aqueles que tentam nos chantagear com armas nucleares devem saber que os ventos predominantes podem se transformar em sua direção", ameaçou o mandatário russo.