PACIFICAÇÃO

Milhares de pessoas vão às ruas de Berlim contra o envio de armas à Ucrânia e em defesa de um processo de paz

A manifestação teve por objetivo pressionar o governo do chanceler Olaf Scholz para dar início a uma negociação que termine com a guerra

Milhares de pessoas vão às ruas de Berlim contra o envio de armas à Ucrânia e em defesa de um processo de paz.Créditos: Reprodução/ redes sociais
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Foi realizada na tarde deste sábado (25), em Berlim, uma manifestação contra o fornecimento de armas para a Ucrânia, que está em guerra com a Rússia.

A manifestação foi organizada por grupos e partidos de esquerda que são contra o envolvimento da Alemanha no conflito entre a Ucrânia e Rússia. Além de pedir o fim do envio de armas, os manifestantes também pediram que seja iniciado um processo de paz. 

O ato foi batizado de "Levantamento pela Paz" e teve como principal organizadora a política Sahra Wagenknecht, que é membra do partido de esquerda Dia Linke. 

A polícia de Berlim afirmou que 10 mil pessoas participaram do ato. Já os organizadores da manifestação contabilizaram 50 mil. 

 

 

Lula se pronuncia sobre o primeiro ano da guerra entre Rússia e Ucrânia e faz novo apelo pela paz

 

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia completa um ano nesta quinta-feira (24) com um cenário bem diferente e com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ainda mais isolado. 

Nesta quinta-feira (23), a Organização das Nações Unidas (ONU) votou e aprovou resolução que pede "paz abrangente, justa e duradoura" e exigiu que o governo de Vladimir Putin retire as tropas do território da Ucrânia. 

Porém, a votação da resolução da ONU que pede fim do conflito entre a Rússia e a Ucrânia teve um novo apoio: o Brasil, que nas votações anteriores optou pela neutralidade, votou a favor da resolução de paz. Ao todo foram 141 votos a favor, 7 contra e 33 abstenções. 

Os votos contrários foram do grupo que apoia Rússia no contexto da guerra, como Belarus, Síria e Coreia do Norte. O grupo que se absteve inclui China, Índia, e África do Sul - integrantes do Brics com o Brasil - e Irã.

A resolução aprovada pela ONU reafirma que não vai reconhecer anexações territoriais derivadas do uso da força e exige a imediata retirada das tropas russas. O texto reitera mais de uma vez o compromisso com a paz geral, justa e duradoura da Ucrânia e a integridade territorial da nação.


União pela paz


 
Na manhã desta sexta-feira (24), o presidente Lula usou a suas redes sociais para reforçar a posição de seu governo e de que é preciso da construção de uma missão de países para negociar o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. 

"No momento em que a humanidade, com tantos desafios, precisa de paz, completa-se um ano da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. É urgente que um grupo de países, não envolvidos no conflito, assuma a responsabilidade de encaminhar uma negociação para restabelecer a paz", declaro o presidente Lula. 

Relatório da Acnur, a Agência da ONU para Refugiados, revela que, após um ano de guerra, mais de 13 milhões de ucranianos seguem longe de suas casas e quase 8 milhões estão refugiados pela Europa, e mais de 5 milhões estão deslocados pelo território ucraniano.