Neste domingo (10), o argentino Javier Milei assumirá a Casa Rosada e será, oficialmente, o presidente da Argentina. A posse do extremista de direita foi causa de frisson na imprensa brasileira por conta da ausência confirmada de Lula no evento.
A cada confirmado que pipoca na cerimônia, se justifica ainda mais a ausência do presidente brasileiro: o evento será mais uma confraria da extrema direita global do que um evento diplomático.
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Alguns líderes de esquerda até se arriscarão, como Gabriel Boric, presidente do Chile, mas a maioria dos confirmados são simplesmente os párias da direita global.
Os presidentes Luis Lacalle Pou, do Uruguai, o paraguaio Santiago Peña e o equatoriano Daniel Noboa, todos mais próximos do campo político de Milei, estarão presentes.
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Já os progressistas Gustavo Petro, da Colômbia, Nicolás Maduro, da Venezuela e Luis Arce, da Bolívia, assim como Lula, não estarão presentes.
O evento não terá importância diplomática tão direta pois, ao longo desta semana, ocorreu a Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro, o que garantiu um espaço para afinamento de debates entre os países do continente.
Lula teria ido à posse de Milei caso pudesse se reunir de forma privada com o novo presidente do país, mas a possibilidade não se efetivou. Portanto, o brasileiro decidiu que não precisaria ir ao evento.
Cúpula de extrema direita
Entre os confirmados, estão Jair Bolsonaro, ex-presidente brasileiro, junto de seu filho, Eduardo. Estará presente Viktor Órban, o ultradireitista da Hungria. Giorgia Meloni, a fascista do Fratelli D'Itália e primeira ministra do país, ainda não confirmou sua viagem para Buenos Aires.
Uma presença de luxo será o ucraniano Volodymyr Zelensky, que virá da ucraniana para agradecer por Milei por seu alinhamento total pelos ucranianos.
Além dele, Santiago Abascal, presidente do Vox, partido da extrema direita espanhola, e Felipe VI, o rei da Espanha, tiveram presença confirmada.
A presença de líderes de Estado e políticos de extrema-direita de pouca representatividade mostra que a posse de Milei será mais uma cúpula da extrema direita global do que um evento diplomático relevante.
Se a vitória de Lula foi um baque para o projeto da nova direita ao redor do mundo, a ascensão de Milei mostra que o extremismo agoniza, mas não morre.