Uma semana após vencer o segundo turno das eleições em 19 de novembro, o presidente eleito da Argentina Javier Milei chegou a Nova York na segunda-feira (27) para sua primeira viagem ao exterior como presidente eleito.
Ele visitou o túmulo de um famoso rabino judeu ortodoxo em Queens, o rabino Lubavitch. Vestindo uma kipá e um terno completamente preto, ele estava acompanhado de outros judeus hassídicos que seguem o líder religioso, considerado um dos mais proeminentes líderes do judaísmo messiânico, corrente ultraconservadora da religião.
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Milei não confirmou que se converteu ao judaísmo, mas sites como a Bloomberg cravam que o ultradireitista já fez sua conversão, como prometido em campanha.
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Durante o período eleitoral, Milei já havia adiantado que, caso vencesse o pleito, se converteria ao judaísmo. De acordo com os analistas argentinos, o radical de extrema direita busca fazer o governo mais pró-Israel da história da Argentina.
A conversão ao judaísmo, porém, não é algo simples para os argentinos. Até 1994, a constituição do país exigia que todos os presidentes do país fossem católicos.
Carlos Menem, que foi presidente do país, teve que abdicar de sua fé muçulmana para assumir o posto antes da mudança de legislação.
O catolicismo é uma força profunda dentro da política e da sociedade argentina e sua negação pode trazer consequências para Milei que, até então, era católico.
Depois de terminar sua viagem nos EUA, Milei vai para Israel para prestar solidariedade aos ataques de Tel Aviv contra Gaza, reforçando os laços que seu governo terá com Israel, contrapondo o distanciamento latino-americano praticado por Lula, Petro, Boric e Arce.