O presidente russo Vladimir Putin iniciou nesta quarta-feira (6) seu giro pelo Oriente Médio, onde fará visitas aos Emirados Árabes Unidos e à Arábia Saudita, no exato momento em que a região ferve com o massacre militar realizado por Israel contra o território palestino da Faixa de Gaza. Putin chegou por Dubai e é inegável que ele entrou na tensa área mostrando todo seu poderio militar.
A aeronave presidencial da Federação Russa, um Il-96, ingressou no espaço aéreo do Oriente Médio escoltado por quatro poderosos caças Sukhoi Su-35s, uma máquina de guerra que está entre o que há de mais mortal e destrutivo no inventário bélico do maior país do mundo, que é também uma superpotência nuclear. Os aviões supersônicos de combate, totalmente armados e carregados com bombas, como mostra um vídeo disponibilizado pelo Kremlin, conduziram o Il-96 até ele tocar o solo no aeroporto da maior cidade emiradense.
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Nas imagens de propaganda do governo russo, militares aparecem preparando os Su-35s com mísseis inclusive de médio alcance. Os jatos de guerra, então, passam a manobrar na pista e depois decolam em dupla. Na sequência, os caças já surgem escoltando o avião de Putin nos céus da Rússia, até sua chegada em Dubai. Não é comum que chefes de Estado tenham sua aeronave pessoal escoltada por caças de proteção nas visitas internacionais, já que a atitude não é bem vista nas relações internacionais, exceto em ocasiões em que efetivamente o avião atravesse zonas perigosas de conflito.
Para analistas do cenário internacional, a atitude de Vladimir Putin foi um recado claro, para além de vaidade, direcionado ao governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro de extrema direita Benjamin Netanyahu, que há muito tempo intimida e ameaça o Irã, por conta da relação de proximidade e até de financiamento do regime dos aiatolás em relação à causa palestina. O Irã é um aliado de primeira hora da Rússia no palco de disputas do Oriente Médio e qualquer ação de Tel Aviv contra a nação persa provocaria uma reação imprevisível de Moscou.
Veja o vídeo disponibilizado pelo governo russo: