O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu uma declaração à imprensa nesta quarta-feira (18), durante sua visita a Pequim, na China, na qual não fez rodeios para lançar uma ameaça direta aos EUA por sua “aproximação” no Mar Mediterrâneo usando dois de seus principais porta-aviões, sob pretexto de dar um “apoio” a Israel em seus ataques contra a Faixa de Gaza.
Embora Putin tenha dito que tais palavras não eram uma ameaça, ele frisou que já autorizou que sua força aérea desloque caças MiG-31 para a região do Mar Negro, que fica a 1.300 quilômetros de Israel, e que façam uma patrulha permanente municiados com os mísseis hipersônicos do “Sistema Kinzhal”, únicos do tipo no mundo, que têm autonomia de 1.500 quilômetros e atingem a velocidade Mach9 (mais de 11.000Km/h).
“Isso não é uma ameaça... Baseadas nas minhas instruções, as Forças Aeroespaciais Russas irão começar a patrulhar de forma permanente a zona de espaço aéreo neutro sobre o mar Negro, e os MiG-31 estarão armados com sistemas Kinzhal... Eu enfatizo que isso não é uma ameaça, mas vamos exercer controle visual, controle com armas sobre o que está acontecendo no mar Mediterrâneo”, disse o chefe do Kremlin.
Os mísseis do Sistema Kinzhal são armas ultrassofisticadas desenvolvidas para serem lançadas do ar, de aviões como o caça MiG-31 ou o bombardeiro TU-22M. Elas atingem tamanha velocidade que geram uma nuvem de plasma ao redor do míssil, o que faz com que ele fique invisível aos radares. Essas armas podem ter sua trajetória mudada após o disparo e são de dificílima interceptação, embora o governo da Ucrânia afirme que já teria derrubado 14 Kinzhals na guerra contra os russos.
Veja a entrevista de Putin com a ameaça: