Imagens de satélite do dia 17 de outubro comprovam que a Ucrânia já utilizou um novo armamento fornecido pelos Estados Unidos para atacar território ocupado pela Rússia.
Trata-se do Sistema de Mísseis Táticos conhecido pela sigla ATACMS.
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De acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra, os mísseis foram utilizados contra a base área de Berdyansk, que fica no mar de Azov, bem distante da linha de contato entre as tropas ucranianas e russas.
Imagens de satélite mostram destruição numa área onde geralmente ficavam helicópteros de ataque russos.
Os EUA teriam limitado o alcance dos mísseis fornecidos a 100 quilômetros, com o objetivo de evitar ataques a território russo.
Um único míssil custa em torno de R$ 4 milhões.
São armas polêmicas, uma vez que o míssil carrega bomba de fragmentação de mais de 200 quilos.
Permitem à Ucrânia atacar posições russas sem colocar em risco o que sobrou de sua Força Aérea.
De acordo com o New York Times, os EUA forneceram 20 baterias à Ucrânia.
Em sua visita a Beijing, Vladimir Putin disse que os EUA estão se tornando cada vez mais envolvidos diretamente no conflito:
Em primeiro lugar, é claro que isso [a nova arma fornecida pelos EUA] causa danos e cria uma ameaça adicional. Em segundo lugar, é claro que seremos capazes de repelir estes ataques. Guerra é guerra. Este é outro erro dos Estados Unidos. Um erro de maior escala, ainda invisível, mas de grande importância, é que os Estados Unidos estão se tornando cada vez mais envolvidos neste conflito.
Curiosamente, Putin chegou a um evento na capital chinesa seguido de perto por dois assessores da Marinha que supostamente carregavam as maletas nucleares.
Embora o presidente russo sempre seja acompanhado pelo aparato, ele raramente é filmado.
Conhecida como "cheget", trata-se de uma maleta através da qual o líder russo pode autorizar o disparo de mísseis nucleares.
Outras duas maletas ficam com o ministro da Defesa e o comando das Forças Armadas.
Os russos tem falado cada vez mais no risco de uma escalada nuclear.
Putin decidiu retirar a Rússia do acordo que impede o país de fazer testes nucleares, que não é endossado pelos Estados Unidos.
O líder do Parlamento russo, Vyacheslav Volodin, comentou:
O Ocidente adotou um rumo que é abertamente hostil em relação à Rússia e está equilibrando-se perigosamente perto de um confronto aberto entre nações nucleares. Os nossos alertas sobre os riscos estratégicos emergentes são ignorados ou mal interpretados, em prol de objetivos de propaganda.
Em 2008, na Conferência de Segurança de Munique, Vladimir Putin fez um alerta sobre a expansão da OTAN que foi descartado pelo Ocidente:
É óbvio que a expansão da OTAN não tem qualquer relação com a modernização da própria aliança ou com a garantia da segurança na Europa. Pelo contrário, representa uma provocação grave que reduz o nível de confiança mútua. E temos o direito de perguntar: contra quem se destina esta expansão?
A Rússia alega que lançou o que chama de "operação militar especial" contra a Ucrânia para evitar que o país vizinho aderisse à aliança militar ocidental.
Em 2014, um governo pró-russo foi derrubado em Kiev com forte apoio dos Estados Unidos.