O novo presidente da Argentina, Javier Milei, falou à nação às 22h de sábado (30) para dar sua mensagem de fim de ano, pouco mais de três semanas após tomar posse oficialmente no cargo. Como era de se esperar, o bufão de extrema direita fez novas ameaças à democracia, ao povo e ao Congresso Nacional. Em menos de 20 dias ele já anunciou “decretaços” e “revogaços” que tentar desregular todo o sistema produtivo e econômico do país, o que na prática só aumentou o caos atravessado pela população, que viu a inflação e a miséria explodirem ainda mais.
Com a expressão funesta habitual, Milei falou em “catástrofe social de proporções bíblicas” e voltou a repetir que a população atravessará momentos duríssimos, vendo as coisas piorarem muito.
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“Se o nosso programa for obstruído pelos mesmos velhos que não querem que nada mude, não teremos os instrumentos para evitar que esta crise se transforme numa catástrofe de proporções bíblicas”, disse.
A desculpa para seu devastador pacote ultraliberal já é conhecida. Ele diz que as insanidades “foram necessárias porque o país enfrenta o pior legado de sua história” e que devem ser levadas a diante por conta das “decisões irresponsáveis dos governos anteriores”, fazendo ainda uma ameaça diretamente ao parlamento, que não pretende deixar que as medidas assombrosas passem e terminem de afundar o país.
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“Eles têm duas opções, e disse-lhes: rejeitar e continuar com o modelo anterior, ou aceitar o projeto para fazer uma mudança profunda”, chantageou o mandatário extremista.
“Estamos perante uma situação de emergência nacional que nos obriga a agir de forma imediata e contundente com o maior número de instrumentos possíveis que excedem em muito os recursos que utilizámos nestas primeiras semanas”, continuou, em tom apocalíptico.
Por fim, Milei tentou atenuar seu discurso desolador e desejou aos argentinos um feliz ano novo, acenando com mais uma de suas frases megalomaníacas.
“Desejo a todos os argentinos um feliz ano novo, que o passem na companhia de suas famílias e entes queridos... Este pode ser o ano em que completaremos um século de fracasso, em que deixaremos para trás o modelo coletivista que nos empobreceu e abracemos novamente o modelo da liberdade”, concluiu.
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