O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, compareceu nesta segunda-feira (6) em um tribunal de Nova York para testemunhar no caso em que ele e seus dois filhos, Donald Trump Jr. e Eric Trump, são acusados de inflacionar o valor de seus ativos imobiliários ao longo de vários anos. Este é apenas um dos quatro casos judiciais em que o ex-presidente está envolvido. O julgamento ganhou destaque no final de setembro, quando o juiz Arthur Engoron determinou que a "fraude contínua" havia sido comprovada.
Segundo as acusações, o gabinete da Procuradoria-Geral do estado de Nova York provou que a Trump Organization havia "supervalorizado" seus ativos entre US$ 812 milhões e US$ 2,2 bilhões durante o período de 2014 a 2021. Essas cifras equivalem a cerca de R$ 2,1 bilhões a R$ 12,2 bilhões. Enquanto o processo é civil e não criminal, uma condenação pode ter sérias consequências financeiras para Trump, incluindo a revogação de suas licenças comerciais em Nova York e o risco de perder o controle de suas propriedades imobiliárias, como a icônica Trump Tower na Quinta Avenida de Manhattan.
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Além disso, o tribunal também determinou a revogação das licenças comerciais de seus filhos, Eric Trump e Donald Trump Jr., e o confisco das empresas sob investigação, que serão administradas por liquidatários. O império imobiliário de Trump, que inclui propriedades como a Trump Tower e o edifício em Wall Street, está no centro das acusações de fraude.
A procuradora Letitia James, que lidera o caso, também pede o reconhecimento de outras violações da legislação financeira e uma multa de US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão). Essas acusações podem ter implicações significativas não apenas para Trump, mas também para sua organização.
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Popularidade política
Enquanto enfrenta esse processo legal, Donald Trump mantém sua popularidade política e lidera numericamente as intenções de voto em cinco dos seis Swing States, estados historicamente cruciais nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. No entanto, o atual presidente, Joe Biden, aparece à frente em Wisconsin, o único estado onde Trump não lidera. A pesquisa eleitoral do New York Times com a Sienna College, divulgada recentemente, indica que se as tendências se confirmarem, Trump poderia retornar à Casa Branca em 2024.
A pesquisa revela que a maior parte dos entrevistados que optaram por não votar em Biden justifica sua decisão com base nas políticas de seu governo, que consideram prejudiciais. Além disso, Biden mantém uma ligeira vantagem de 1 ponto percentual entre eleitores de origem latina e hispânica, bem como entre aqueles com menos de 30 anos. No entanto, a vantagem de Biden nas áreas urbanas é menor do que a de Trump em áreas rurais dos Estados Unidos.
Em relação ao temperamento presidencial, 46% dos eleitores acreditam que Biden possui o temperamento adequado, enquanto 43% acreditam o mesmo de Trump. A desaprovação de Biden atingiu seu nível mais alto desde sua posse em 2021, e o presidente completará 81 anos em novembro, tornando-se o chefe de Estado mais velho da história dos EUA.
Enquanto Trump enfrenta a batalha legal em Nova York, sua popularidade política permanece sólida, e as pesquisas indicam que ele continua sendo um forte candidato para as eleições presidenciais de 2024.