ECONOMIA

Intriga de Milei com Lula e China poderia custar bilhões à economia do país; saiba valor

Chanceler do país revelou cifras de um possível rompimento diplomático da Argentina com seus principais parceiros

Javier Milei em campanha no primeiro turno
Javier Milei em campanha no primeiro turnoCréditos: Reprodução/Instagram
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Que lapada! Em entrevista a uma rádio argentino, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Santiago Cafiero, revelou nesta quinta-feira quanto o prejuízo que Javier Milei causaria em receitas de exportação caso vença as eleições e, conforme prometido, rompa relações com China e Brasil.

O bravateiro que ficou em segundo lugar no primeiro turno afirmou em entrevista recente que não se reuniria com Lula e nem com os chineses. Antes, Milei sugeriu um corte nas relações com esses países, criando um alinhamento total com os EUA.

Segundo o chanceler Cafiero, o custo econômico que a proposta do candidato da La Libertad Avanza (LLA) representaria para a economia argentina seria de 22 bilhões de dólares. Mais de 100 bilhões de reais. 

100 bilhões de dólares

Atualmente, o PIB argentino está na casa de 500 bi, ou seja: a proposta de Milei 5% de queda do PIB somente por conta de dois parceiros comerciais.

"Romper relações, não exportar mais para China e Brasil, equivale a perder 22 bilhões de dólares. É prolongar a seca de dólares, não por uma questão de clima econômico, mas por um capricho ideológico", alertou o chefe do Ministério das Relações Exteriores.

E acrescentou: "Se você agride um país, isso terá impacto no seu comércio, mesmo que sejam os entes privados que o façam", alertando para que o fato de que esse tipo de bravata não é positiva para as relações exteriores.

Anteriormente, durante uma entrevista ao jornalista norte-americano Tucker Carlson, ele já havia afirmado que um eventual governo seu romperia os laços empresariais com a China e outros países "comunistas".

"Não funciona assim, os EUA não rompem relações com a China", explicou Cafiero, acrescentando que nada do que Milei propõe é praticável.

Na visão de Cafiero, Milei é um bom influenciador, mas um péssimo político que não entende nada de gestão pública.

"Para ganhar seguidores, nas redes, você tem que ser mais disruptivo, e com essa dinâmica chegou à política. Esse é o Milei, alguém que vem com uma linguagem vinculada à dinâmica das redes, onde o disruptivo, o violento, faz você ganhar seguidores. Quando isso é transferido para a política, mostra muitas limitações", concluiu.

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