O candidato à presidência da Argentina, Javier Milei, afirmou que não vai se encontrar ou reunir com Lula, nem na posição de chefe de estado, caso seja eleito.
O radical de extrema-direita deseja reduzir drasticamente suas relações com o Brasil, a principal parceira comercial do Brasil, além dos outros gigantes do comércio China e Rússia.
As falas foram dadas em entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly, que tem sido chamado “Datena emo” ou "datena de peruca".
Segundo Milei, Lula é "comunista e corrupto", e, por isso, não irá fazer negociações com o presidente brasileiro. O problema é que a Argentina depende do Brasil para sua segurança alimentar e econômica, além de ser uma parceira nos Brics e no Mercosul.
Bolsonaro também se recusou, por um período de tempo, a conversar com o presidente argentino Alberto Fernández, eleito ainda em 2019 e que segue no cargo. Depois, eles chegaram a se reunir.
Questionado em mais uma polêmica entrevista, Javier Milei negou que teria relações com o presidente brasileiro. “Não. Ele é comunista e corrupto. Por isso foi preso. Da minha posição como chefe de Estado, meus aliados são os Estados Unidos, Israel e o mundo livre”. E mais:
Curiosamente, Milei repete palavra por palavra o discurso bolsonarista sobre o petismo e tenta criar uma espécie de "guerra cultural" com o petismo. Além disso, também associou falsamente o PT ao Hamas e ao Hezbollah. No mesmo dia, Bolsonaro havia publicado um texto similar no Twitter.
“Eles são condenados, como a Coreia do Norte, como (as organizações terroristas) o Hamas e o Hezbollah. Os embaixadores também serão chamados de volta. Os autocratas estão condenados, a Rússia também", afirmou o segundo lugar nas eleições argentinas.
Confira o vídeo:
As pesquisas indicam empate
As pesquisas eleitorais mais recentes mostram que Milei e Massa estão praticamente empatados considerando as margens de erro, com resultados que indicam vitória de Milei e outros que indicam Massa na frente.
Como antecipado - e de forma parecida com a eleição brasileira de 2022 - especialistas não acreditam em uma grande transformação na eleição. A vitória será apertada, disputada nas trincheiras, praticamente no voto a voto.