SURTO

VÍDEO: Doença misteriosa causa paralisia em 106 estudantes no Quênia

Profissionais de saúde ainda não identificaram a causa do transtorno; amostras de sangue foram enviadas para laboratórios do país

Paralisia em alunas no Quênia.Créditos: Reprodução/Vídeo
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Mais de 100 estudantes foram identificadas com paralisia em Kakamega, no Quênia. Autoridades de saúde ainda não identificaram a causa, mas exames de urina e sangue já foram enviados a laboratórios para investigação. Todos os casos ocorreram na Escola Secundária Feminina Santa Teresa Eregi.

Em vídeos que circulam pela internet desde segunda-feira (2), é possível ver diversas alunas de uma escola secundarista com dificuldade de andar. A principal hipótese é que seja uma doença misteriosa ou uma “histeria generalizada”, causada pela aproximação do período de provas das estudantes. 

Além das pernas dormentes e imóveis, algumas meninas também apresentaram dor de cabeça, vômito e febre

No entanto, ao serem internadas no hospital, elas conseguiram melhorar rapidamente. De acordo com o secretário de saúde Bernard Wesonga, que trabalha na Comissão Executiva Principal (CEC) de Saúde do condado de Kakamega, algumas das estudantes estão “respondendo positivamente à medicação”, enquanto outras continuam sob cuidados médicos. Das 106 estudantes, 46 já tiveram alta. 

Investigação

Para Wesonga, o quadro mais provável é de histeria generalizada. “Creio que as crianças estavam com problemas psicológicos, o que pode ter causado pânico entre elas”, disse ao The Standard, um jornal local. 

O secretário acredita que a saúde mental das estudantes esteja abalada pela chegada do período de provas.

Um quadro de histeria coletiva se caracteriza como um fenômeno sociopsicológico que se manifesta quando um grupo de pessoas passa a apresentar um comportamento, ou sintomas, conjunta e simultaneamente, quase sempre perdendo a capacidade de discernimento e a consciência.

Em 2022, um caso de surto coletivo entre alunos aconteceu em Pernambuco. Em uma escola do Recife, 26 alunos apresentaram tremores, sudorese e crise de pânico. Alguns chegaram a desmaiar e foram levado a hospitais.

Na época, autoridades afirmaram se tratar de uma histeria coletiva e, após receberam atendimento, os alunos foram liberados para voltar para casa.