O governo de Guiné Equatorial atualizou seus dados sobre o vírus de Marburg, que tem afetado humanos desde o início do ano no país.
Segundo as autoridades guineenses, 12 pessoas faleceram. Foram 17 pessoas infectadas no total. A situação demonstra a alta taxa de mortalidade da doença, considerada uma das mais perigosas do mundo.
Casos de febre hemorrágica se espalharam a partir da província oriental de Kié-Ntem, onde as primeiras mortes conhecidas ocorreram em 7 de janeiro.
Atualmente, Bata, considerada uma das maiores cidades de Guiné Equatorial concentra a maioria dos casos positivos detectados.
Mais de 100 pessoas estão sendo investigadas pelas autoridades de saúde e devem ser monitoradas pelas autoridades. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu ao governo local que relatasse casos do vírus de Marburg por temores de uma contaminação mais generalizada.
A agência da ONU estava alarmada com uma potencial "epidemia em larga escala" que poderia afetar os vizinhos Gabão e Camarões.
O que é Vírus de Marburg?
O vírus de Marburg é semelhante ao Ebola por pertencer à mesma família viral, Filoviridae, e causa doenças virais hemorrágicas graves.
Ambos os vírus podem causar sintomas semelhantes, como febre alta, dores musculares, fadiga, náuseas, vômitos, diarreia e comprometimento do sistema nervoso central.
Em casos graves, tanto a febre de Marburg quanto o Ebola podem progredir para hemorragias internas e externas, insuficiência orgânica e, em boa parte dos casos, são fatais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a taxa de mortalidade da doença pode chegar a 88%. Até o momento, o surto está controlado pelas autoridades sanitárias.
Identificado pela primeira vez em 1967 durante um surto em Marburg, Alemanha, e Belgrado, antiga Iugoslávia (atual Sérvia), o vírus é transmitido para humanos pelo contato com animais infectados, em especial morcegos, ou fluidos corporais de pessoas infectadas.