GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Palestina: Tanques israelenses invadem Gaza; Brasil negocia nova resolução na ONU

Israel segue bombardeando proximidades de hospital em Gaza. Mais de 8 mil palestinos já morreram nos ataques, sendo 124 médicos. Chanceler Mauro Vieira tenta última cartada brasileira na presidência do Conselho de Segurança.

Dezenas de tanques israelenses invadem Gaza.Créditos: Reprodução/Twitter
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Na segunda fase dos ataques genocidas ao território palestino, anunciado no fim de semana pelo premiê Benjamin Netanyahu, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) invadiram com tanques a periferia da cidade de Gaza, em meio à intensificação dos bombardeios aéreos.

Imagens divulgadas nas redes sociais revelam que os tanques israelenses estão atacando inclusive veículos de civis no leste de Gaza.

No 24º dia de ataques, o governo sionista de Israel segue bombardeando Gaza e também os arredores do hospital Al-Quds. Uma ambulância foi atingida nas proximidades da instituição, que é administrado pelo Crescente Vermelho e abriga cerca de 14 mil civis que perderam suas casas, além dos pacientes e equipes médicas.

"Agora, continuam os ataques aéreos israelenses na área de Tal Al-Hawa, em #Gaza onde está localizado o Hospital Al-Quds", publicou o Crescente Vermelho na madrugada desta segunda-feira (30).

Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qudra, ao menos 124 médicos já foram mortos e 25 ambulâncias estão fora de serviços devido aos ataques de Israel. Outros 32 centros de saúde foram fechados por falta de condições de atendimento.

No total, 8.306 palestinos foram mortos em Gaza desde o dia 7 de outubro, sendo mais de 3 mil crianças. Outros 21.048 ficaram feridos. Na Cisjordânia ocupada, 109 morreram e 1.906 foram feridos pelas forças de Israel, que soma 1.405 mortos e 5.431 feridos.

Conselho de Segurança da ONU

Neste domingo (29), o ministro das Reações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, viajou para Nova York para negociar uma nova resolução a ser apresentada pelo Brasil ao Conselho de Segurança da ONU.

A reunião desta segunda-feira pode ser a última presidida pelo governo Lula, que tenta avançar em uma proposta que tenha a adesão dos cinco membros permanentes: EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, que têm poder de veto. O Brasil deixa a presidência rotativa do órgão nesta terça-feira (31).

Vieira deve presidir a reunião, convocada emergencialmente na última semana, a pedido dos Emirados Árabes Unidos, que temem o avanço do conflito na região.