A guerra levada a cabo pelo estado sionista de Israel em Gaza começa a se alastrar para o Oriente Médio e envolver o principal apoiador de Benjamin Netanyahu: os EUA.
Em declaração na noite desta quinta-feira (26), o secretário de Defesa Lloyd Austin afirmou que "sob a orientação do presidente Biden, as forças militares dos EUA conduziram ataques de autodefesa em duas instalações no leste da Síria utilizadas pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC, na sigla em inglês) e grupos afiliados".
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Segundo Austin, a investida dos EUA são uma resposta a ataques contínuos - "em sua maioria malsucedidos" - contra militares estadunidense no Iraque e na Síria que teriam começado no dia 17 de outubro, dez dias após o início da guerra entre Israel e Hamas em Gaza.
"Estes ataques apoiados pelo Irã contra as forças dos EUA são inaceitáveis e devem parar. O Irã quer esconder a sua mão e negar o seu papel nestes ataques contra as nossas forças. Não vamos deixá-los. Se os ataques dos representantes do Irã contra as forças dos EUA continuarem, não hesitaremos em tomar outras medidas necessárias para proteger o nosso povo", afirmou ainda o secretário, em clara provocação ao governo iraniano.
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Austin, no entanto, fez questão de ressaltar que os ataques às bases na Síria "são distintos do conflito em curso entre Israel e o Hamas e não constituem uma mudança na nossa abordagem".
"Continuamos a apelar a todas as entidades estatais e não estatais para que não tomem medidas que possam evoluir para um conflito regional mais amplo", concluiu, sinalizando justamente o contrário.
Genocídio em Gaza
Em resposta ao avanço da aliança Israel-EUA no Oriente Médio, o Irã prepara para os próximos dias a realização de exercícios militares em grande escala.
Os exercícios serão realizados em Nasrabad, na região central do país, e pretendem enviar um mensagem de força aos EUA e Israel com a exibição de um vasto conjunto de unidades militares, bem como a utilização de veículos blindados, artilharia, aviação, drones e mísseis.
Nesta quinta, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, culpou os EUA de estarem por trás da ação israelense em Gaza e fez um alerta.
“Aviso que se o genocídio em Gaza continuar, os EUA não serão poupados deste incêndio”, declarou.