Em discurso durante reunião do Conselho da Federação, nesta quarta-feira (25) no Palácio do Planalto, Lula falou em "genocídio" ao comentar a guerra na Palestina entre o estado sionista de Israel e o grupo Hamas. O presidente, no entanto, não deixou claro qual lado estaria praticando o genocídio, atribuído sempre a Israel.
"O problema é que não é uma guerra, é genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não têm nada a ver com esta guerra, são vítimas desta guerra. Não sei como um ser humano é capaz de guerrear sabendo que o resultado desta guerra é a morte de inocentes", afirmou Lula.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o número de crianças palestinas mortas pelas Forças de Defesa de Israel já ultrapassou os 2,3 mil nas duas semanas de ataques. No total, 5,7 mil palestinos já morreram, diante de 1,4 mil israelenses.
Há cinco dias, em sua primeira aparição pública após a cirurgia no quadril, Lula falou do "ato de loucura, de terrorismo" do Hamas e da reação "insana" de Israel.
"E hoje quando o programa Bolsa Família completa 20 anos, eu fico lembrando que 1,5 mil crianças já morreram na Faixa de Gaza. 1,5 mil crianças que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel. Mas não também pediram para que Israel reagisse de forma insana e matasse eles, exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra", disse na ocasião.
Nesta quarta, o presidente falou que a missão de resgatar brasileiros, especialmente em Gaza onde não há rota de fugas, prossegue.
"Eu tenho um telefonema com o emir do Catar para tentar ver se encontro alguém capaz de conversar com alguém para ver se a gente consegue liberar, primeiro os brasileiros que estão retidos na Faixa de Gaza a poucos quilômetros da fronteira com o Egito, que estão querendo voltar para o Brasil e que até agora não foi permitido a eles o direito de voltar".
Os brasileiros que estavam em Israel já foram resgatados.