Neste domingo (22), Israel ordenou que 14 comunidades do país saíssem de suas casas, localizadas no norte do território, próximo à fronteira com o Líbano e a Síria. A decisão foi tomada pelo ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).
São elas: Snir, Dan, Beit Hillel, She’ar Yashuv, Hagoshrim, Liman, Matzuva, Eylon, Goren, Gornot HaGalil, Even Menachem, Sasa, Tziv’on e Ramot Naftali. Segundo o jornal local The Times of Israel, os moradores dessas comunidades serão levados para abrigos financiados pelo Estado.
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Israel X Hezbollah
Essa não é a primeira vez que o governo israelense toma uma atitude do tipo. Na última semana, a IDF ordenou a evacuação de 28 comunidades da região, todas localizadas a até dois quilômetros da fronteira, bem como a cidade de Kiryat Shmona.
Um porta-voz do governo explicou que a evacuação é uma precaução para “reduzir o dano a civis [israelenses] e permitir a liberdade da IDF para o que for necessário”.
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A região tem observado um conflito crescente entre Israel e o grupo armado libanês Hezbollah. De acordo com a Al Jazeera, o Hezbollah disse que seis de seus membros foram mortos em um dia, somando 19 mortes no total.
O jornal informou ainda que, neste domingo, ataques aéreos israelenses mataram dois trabalhadores no aeroporto de Damasco, na Síria. Israel foi acusado de engajar em um ataque semelhante no último dia 12, quando mísseis atingiram Damasco e Allepo.
Jonathan Conricus, um porta-voz da IDF, disse, neste domingo, que o “Hezbollah está arrastando o Líbano para uma guerra na qual eles não ganharão nada, mas têm muito a perder”.
“O Hezbollah está jogando um jogo muito, muito perigoso. Eles estão agravando a situação. Vemos mais e mais ataques todos os dias”, disse.
Dia 16 da guerra
Ainda neste domingo, Israel promoveu um ataque aéreo a uma mesquita de Al-Ansar, na cidade de Jenin, na Cisjordânia, matando pelo menos dois palestinos.
Segundo o Exército israelense, a mesquita era "usada por terroristas como centro de comando para planejar ataques e como base para a sua execução" e que o objetivo era justamente atingir agentes do Hamas e da Jihad Islâmica, o que, segundo o Exército de Israel, foi atingido.
A Al Jazeera reportou que três outras pessoas foram mortas em ataques noturnos nas cidades de Qabatiya, Tammun e Nablus, na Cisjordânia.
Enquanto isso, os bombardeios continuam na Faixa de Gaza. Segundo a Al Jazeera, pelo menos 11 palestinos foram mortos e dezenas ficaram feridos em um ataque israelense a um café em Khan Younis, ao sul da Faixa de Gaza. O grupo Hamas disse que pelo menos 55 pessoas foram mortas em ataques noturnos na Faixa.