Israel declarou sua fronteira norte com o Líbano uma zona militar fechada após confrontos mortais com o Hezbollah, enquanto crescem os temores de abertura de uma nova frente em meio ao bombardeio contínuo na Faixa de Gaza.
Neste domingo (15), Israel advertiu civis a não se aproximarem de cerca de 4 km da fronteira libanesa, caso contrário poderiam ser alvejados. Disse às pessoas que vivem em áreas fronteiriças, que estão repletas de pequenas cidades e vilas rurais, para ficarem perto de abrigos.
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Isso ocorre após uma pessoa ter sido morta em ataques do Hezbollah na manhã de domingo, que foram respondidos com disparos de artilharia pelo lado israelense.
O grupo político e militar libanês informou que seus ataques foram uma resposta aos ataques de Israel ao Líbano no dia anterior, que mataram dois civis e um cinegrafista da Reuters que estava filmando perto da fronteira.
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Israel disse que está investigando a morte do jornalista da Reuters, Issam Abdallah. As imagens divulgadas online mostram que Abdallah e outros colegas estavam claramente marcados como "Imprensa" quando foram alvejados por um projétil lançado de Israel.
A ação de Israel no domingo marca um grande passo nos esforços para se preparar para a possibilidade de o Hezbollah abrir uma segunda frente e vir em auxílio dos combatentes do Hamas na Faixa de Gaza.
Israel também atacou os aeroportos de Aleppo e Damasco, na Síria, em uma aparente tentativa de evitar que o Irã use a Síria para entrar no conflito. Teerã não ameaçou oficialmente entrar na guerra, mas disse que Israel enfrentará consequências se não parar os ataques contra Gaza.
Os combatentes do Hamas invadiram Israel em um ataque sem precedentes na semana passada, matando cerca de 1.300 israelenses e fazendo cerca de 150 pessoas reféns.
Desde então, Israel vem bombardeando a Faixa de Gaza, tendo cortado o acesso à água, eletricidade e internet. Suas forças parecem estar se preparando para um ataque terrestre, prometendo escalonar a guerra, mesmo quando seus ataques aéreos já mataram pelo menos 2.329 palestinos até agora, incluindo 724 crianças.
No Líbano, no início desta semana, o Ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, alertou que o Hezbollah tem cenários em vigor caso Israel avance com seus ataques a Gaza.
O grupo de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) disse ter verificado imagens tiradas tanto no Líbano quanto em Gaza na terça-feira e quarta-feira, respectivamente, que mostram o uso múltiplo de fósforo branco disparado por artilharia sobre o porto da Cidade de Gaza e duas áreas rurais ao longo da fronteira entre Israel e Líbano.
O fósforo branco é uma substância química letal capaz de queimar a pele humana e tecidos profundos, e seu uso é proibido em áreas com populações civis por uma convenção das Nações Unidas.
Com informações da Al Jazeera