Mais de 50 dos 192 países que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU) sinalizaram apoio à resolução brasileira vetada pelos EUA no Conselho de Segurança, que propunha uma pausa humanitária no conflito em Gaza, e querem levar o caso para uma reunião de emergência na Assembelia Geral da entidade. As informações são de Jamil Chade, no portal Uol.
Na carta obtida pelo Uol, o Grupo Árabe e o Grupo da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) "solicitam a retomada da décima sessão especial de emergência da Assembleia Geral após o veto lançado em 18 de outubro de 2023 por um Membro Permanente do Conselho de Segurança sobre um projeto de resolução que aborda a grave situação do Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental".
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O gesto raro na diplomacia mundial acontece após o governo de Joe Biden, dos Estados Unidos, votar contra a proposta brasileira, que teve a adesão de 12 dos 15 membros do Conselho de Segurança.
Os países - entre eles Argélia, Indonésia, Arábia Saudita, Marrocos, Turquia, Moçambique, Nigéria, Camarões e Paquistão - buscam uma pausa urgente para assistência aos palestinos, além de apoio política para a ajuda humanitária em Gaza diante dos ataques das forças sionistas de Israel.
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"À luz da gravidade da situação, devido, em particular, à agressão militar por parte de Israel, a potência ocupante, contra a população civil palestina na Faixa de Gaza, que, até a presente data, matou milhares de civis, incluindo crianças, mulheres e idosos, feriu dezenas de milhares, causou a destruição desenfreada de casas e outras propriedades e infraestrutura civis, e infligiu condições humanitárias catastróficas, arriscando uma desestabilização ainda mais perigosa da situação, colocando em risco mais vidas civis e ameaçando a paz e a segurança internacionais, é urgente que a Assembleia Geral se reúna para tratar dessa crise", diz a carta dos países árabes.
A saída para levar a resolução brasileira para a Assembleia Geral na ONU se justifica porque a aprovação pode ser feita se aprovada por maioria absoluta dos 192 países.
No Conselho de Segurança, basta o veto de um dos cinco países que são membros permanentes - EUA, Rússia, China, França e Reino Unido - para derrubar a resolução. No caso da proposta brasileira, o governo dos EUA foi o único a vetar - Reino Unido e Rússia se abstiveram.
Leia a reportagem de Jamil Chade no Uol.