HORROR ABSOLUTO

Números do terror: Órgão da ONU divulga cada local destruído e vidas perdidas em Gaza

Levantamento preciso e minucioso mostra a realidade de um povo massacrado e sistematicamente assassinado. Ataques de Israel devastaram tudo

Créditos: Imagem cedida por Saher Madkour
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A devastação da Faixa de Gaza e o morticínio promovido naquele pequeno território localizado no litoral mediterrâneo do Oriente Médio é monumental e, ao que consta, não é novidade para ninguém. Há vários anos sob intenso embargo, constantemente bombardeados e agora mais do que nunca sendo reduzidos a pó pelos mísseis das IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês), os palestinos se veem diante de um horror que mesmo para os padrões locais é considerado extremo.

Mas qual seriam os números precisos desse massacre? Eles existem desde já? A resposta é sim. São 8.840 residências totalmente destruídas, 5.434 seriamente danificadas, 57 ataques a unidades de saúde, sendo 26 hospitais, além de 23 ambulâncias incineradas, 167 unidades de ensino (sendo 20 administradas pela ONU, incluindo uma universidade) demolidas pelas bombas, sete igrejas cristãs e 11 mesquitas em ruínas. Somado a isso, 3.478 mortos, dos quais aproximadamente 70% são crianças, mulheres e pessoas idosas. Esses são os dados que formam o balanço realizado pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

Se não bastasse tanta devastação, outros quatro centros hospitalares, o Beit Hanoun, Hamad Rehabilitation, Al Karama e Ad Dura, precisaram ser evacuados e tiveram que suspender qualquer atendimento por determinação de Israel, que informou que atacaria aqueles locais. Nas unidades atacadas, 16 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e auxiliares, já perderam a vida.

A perversidade dos bombardeios é tão grande que até uma escola da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), instalada dentro de um campo de refugiados, na localidade de Al Maghazi, região central da Faixa de Gaza, com mais de 4 mil “moradores” deslocados”, foi alvo dos caças do Estado judeu, deixando pelo menos sem pessoas mortas e dezenas de feridos graves.