Yasmin Porat, 44, uma mulher que sobreviveu aos ataques do Hamas contra o kibbutz de Be'eri, nas proximidades da Faixa de Gaza, relatou que o Exército Israelense atirou na direção de civis durante uma troca de tiros contra os militantes palestinos na disputa territorial pelo kibbutz.
Os militantes do Hamas usaram os moradores civis do kibbutz como reféns e tentaram evitar os ataques de Israel com os civis, mas foram as Forças de Defesa de Israel (IDF) não aceitaram a negociação.
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“Eles [o IDF e o Hamas] eliminaram todos, inclusive os reféns”, disse ela à rádio israelense. “Houve fogo cruzado muito, muito pesado” e até bombardeios de tanques.
O marido dela, Tal Katz, foi um dos israelenses mortos na troca de tiros.
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Yasmin fugiu da famigerada rave em que centenas de civis foram mortos e voltou para o kibbutz. Lá, foi tomada como refém pelos terroristas.
"Comecei a chorar, por favor, não me mate. Sou mãe de três filhos”, disse ela, “Eles foram muito humanos conosco, essa é a verdade. Eles me disseram: 'Não vamos matar você, relaxe'", relatou.
"De repente uma louca troca de tiros começou e então sentimos um perigo pelas nossas vidas", acrescentou ela, que relata que depois da chegada do IDF, 6 civis estavam no meio da linha de troca de tiros entre Hamas e israelenses.
A entrevista, concedida ao jornalista Aryeh Golan na rádio Kan, uma estatal de Israel, foi retirada do ar, mas foi guardada pelos jornalistas do site estadunidense Electronic Intifada.
As falas aqui reproduzidas foram publicadas por escrito em diversos sites pró-Israel, como o Maariv, jornal de centro-direita israelense.
Segundo o Hamas, pelo menos 22 reféns israelenses foram massacrados por Israel durante os bombardeios na Faixa de Gaza desde 7 de outubro.
Atualmente, pelo menos 200 pessoas estão sob sequestro do Hamas, que exige um cessar-fogo israelense o mais rápido possível. Israel não deseja cessar-fogo e tem relutado em abrir um corredor humanitário em Gaza na direção do Egito.