O governo do Chile convocou nesta segunda-feira (29) o embaixador brasileiro em Santiago, Paulo Roberto Soares, para uma consulta para que seja explicada a declaração de Jair Bolsonaro (PL) sobre o presidente chileno, Gabriel Boric.
Em determinado momento do debate da Bandeirantes/UOL/TV Cultura, realizado na noite deste domingo (29), Bolsonaro, ao criticar o viés ideológico do PT e de Lula, desferiu uma serie de críticas a todos os presidentes de esquerda na América latina, entre eles, Gabriel Boric. O presidente brasileiro afirmou que "antes de se tornar presidente, Boric colocava fogo em metrô".
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A ministra das Relações Exteriores do Chile, Antonia Urrejola, declarou que as afirmações de Bolsonaro são "acusações gravíssimas". "Obviamente são absolutamente falsas e lamentamos que em um contexto eleitoral as relações bilaterais sejam aproveitadas e polarizadas por meio de desinformação e das notícias falsas", criticou a ministra.
As declarações de Bolsonaro se deram em dois momentos, durante o debate e ao término. "Lula apoiou o presidente do Chile também. O mesmo que praticava atos de tocar fogo em metrôs lá no Chile. Para onde está indo o nosso Chile?", disse o presidente.
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Em declaração à AFP, a ministra das Relações Exteriores declarou que, apesar de Bolsonaro, o governo Boric espera fortalecer os laços com o Brasil. "Esperamos poder continuar enfrentando os diferentes desafios como povos irmãos que somos, apesar dessas declarações do presidente Bolsonaro."