O coletivo Judeus pela Democracia usou suas redes sociais para denunciar Jair Bolsonaro (PL). Durante as considerações finais no debate Band/UOL entre os presidenciáveis, realizado na noite deste domingo (28), o presidente mencionou o slogan “Deus, Pátria, Família”, criado pelo nazismo.
Em reação à postagem do grupo, o marqueteiro de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social do Governo Federal (Secom), atacou o coletivo.
“No dia que eu ver algum de vocês colocando tefilin (filacterios para orações diárias) vocês terão moral e decência para falar alguma coisa em nome de judeus e Israel. Até lá são meros militantes de esquerda”, postou Wajngarten.
O lema “Deus, Pátria, Família” era utilizado pela Ação Integralista Brasileira (AIB), organização política criada em 1932 por Plínio Salgado, que se baseava nas teorias do fascismo italiano.
Os integralistas brasileiros, que chegaram a se tornar um movimento de massa, usavam símbolos próximos aos usados pelos fascistas e nazistas europeus.
Bolsonaro e parte de seus apoiadores utilizaram anteriormente expressões e símbolos que do integralismo, fascismo ou nazismo.
Veja alguns exemplos da aproximação do governo Bolsonaro com nazismo e fascismo
Filipe Martins, assessor internacional da presidência da República, foi flagrado, em um evento no Senado, fazendo o gesto com três dedos retos em forma de W, classificado pela Liga Antidifamação (ADL), entidade com sede nos EUA, que combate o antissemitismo, como forma de identificação entre supremacistas brancos.
Em outro momento, o ex-secretário especial de Cultura, Roberto Alvim, copiou uma citação do ministro de propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels, em um discurso para divulgar o Prêmio Nacional das Artes.