A segunda reunião entre representantes da Ucrânia e da Rússia para tratar do conflito armado iniciado por Moscou contra seu vizinho, realizada em Gomel, em Belarus, terminou com um acordo que implantará corredores humanitários para a chegada de suprimentos de socorro e para saída de civis das áreas afetadas pelo conflito.
“A segunda rodada de negociações acabou. Infelizmente, a Ucrânia ainda não tem os resultados de que precisa. Há apenas decisões sobre a organização de corredores humanitários”, afirmou Mikhailo Podolyak, representante do governo ucraniano.
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O que é um corredor humanitário, e como ele funciona?
Corredores humanitários são zonas que ficam livres de ataques militares, sejam eles terrestres ou aéreos, por parte de todos os envolvidos numa guerra, para que a área sirva de ponto de entrada de materiais e serviços voltados ao socorro da população, e por onde civis possam escapar com segurança do perímetro demarcado pelo conflito.
No caso da guerra iniciada na Ucrânia no último dia 24, ainda não ficou definido, pelo menos para a imprensa, em que zonas os corredores seriam implantados no território ucraniano, ainda que a saída de refugiados e a entrada de equipes de socorro venham ocorrendo principalmente pelas fronteiras do país com a Polônia, assim como em menor escala pela a Hungria, Eslováquia e Romênia.
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Crise humanitária e refúgio
O alto comissário para os Refugiados da ONU, Filippo Grandi, informou em suas redes sociais na noite de quarta-feira (2) que já chega a um milhão o número de civis que conseguiram se refugiar em nações vizinhas à Ucrânia após o início dos ataques militares promovidos pelas tropas russas.
“Em apenas sete dias, testemunhamos o êxodo de um milhão de refugiados da Ucrânia para países vizinhos. Para muitos outros milhões, dentro da Ucrânia, é hora de silenciar as armas, para que a assistência humanitária que salva vidas possa ser fornecida”, escreveu Grandi.