O Walt Disney World Resort em Orlando, na Flórida, teve que pedir desculpas após uma equipe de treinamento do ensino médio do Texas fazer uma dança em que foi acusada de estereotipar os nativos americanos durante um desfile no parque temático.
As 50 meninas da Port Neches-Groves High School, chamadas de “Indianettes”, usavam roupas com franjas e dançavam com movimentos em que tentavam imitar os nativos. Ao mesmo tempo em que dançavam, elas cantavam repetidas vezes: “ÍNDIOS, escalpelem-nos índios, escalpelem-nos”.
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Os vídeos viralizaram nas redes sociais e enfrentaram fortes reações. Críticos apontaram o racismo implícito na performance e questionaram a Disneylândia por permitir que as “Indianettes” se apresentassem.
Pedido de desculpas
A Disney World soltou uma nota afirmando que “a apresentação ao vivo em nosso parque não refletiu nossos valores fundamentais e lamentamos que tenha acontecido”.
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Funcionários do parque temático disseram que o desempenho “não refletiu o que aparecia na fita de audição que a escola forneceu e imediatamente implementamos medidas para que isso não se repita”.
Tradição de 50 anos
A escola divulgou uma nota no qual dizia estar “consciente da preocupação com a apresentação de nossa banda e Indianettes na Disney World”.
“Estamos comprometidos com a diversidade, equidade e inclusão em nosso distrito escolar. Nosso distrito está se aproximando dos 100 anos e nosso Conselho de Administração tem o compromisso de sempre tomar as melhores decisões para nossos alunos, funcionários e as comunidades de Port Neches-Groves”, acrescentou o comunicado.
A escola enfrentou críticas nos últimos anos por conta das conotações racistas de seu mascote, um nativo americano com um cocar. A escola sustenta que as “Indianettes” são uma tradição há meio século.
Narrativa colonial
A ex-assessora do senador Bernie Sanders e advogada tribal ojibwe, Tara Houska, chamou o ato de “desumanizante”.
Houska afirmou que em seus “anos de advocacia, a hostilidade em relação aos nativos vivos com os mascotes nunca falhou”.
“Nenhum outro tópico chega perto da acidez em torno dos mascotes nativos. Os mascotes nativos estão ligados à supremacia, à narrativa colonial. É muito mais do que um símbolo esportivo”, acrescentou.