Quatro aviões militares da Federação Russa invadiram o espaço aérea da Suécia na tarde desta quarta-feira (2), aumentando as tensões na Europa e a preocupação de que a guerra iniciada com a invasão da Ucrânia por tropas subordinadas a Vladimir Putin se espalhe pelo continente.
O Ministério da Defesa sueco informou que dois caças Su-27 e dois bombardeiros Su-24 sobrevoaram a Ilha Gotland, na região do Mar Báltico, o que fez com que Estocolmo determinasse a decolagem de dois caças Gripen para fazer uma averiguação nos céus daquela localidade escandinava. Quando as aeronaves da Suécia chegaram à ilha, os aviões russos já não estavam mais por lá.
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Peter Hultqvist, primeiro-ministro sueco, disse à agência estatal TT que a ação dos russos é “completamente inaceitável” e que seu governo prestará uma queixa formal contra Moscou, que até o momento não comentou o episódio de violação do espaço aéreo do país vizinho.
Aproximar-se de áreas limítrofes de outras nações com aviões de combate é uma prática relativamente comum, realizada com o propósito de checar se as defesas e os caças daquele país estão atentos e são rápidos na reação, mas sem entrar nos céus alheios, ainda que isso possa ocorrer às vezes. Na atual conjuntura, diante de uma escalada militar em solo europeu sem precedentes desde a 2ª Guerra Mundial, analistas militares dizem que a atitude de Moscou foi uma clara provocação.
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Ameaças já foram feitas
A Rússia ameaçou diretamente a Finlândia e a Suécia na última sexta-feira (25) depois que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky agradeceu nas redes sociais a ajuda em dinheiro e “em assistência militar” vinda dos dois países do extremo norte da Europa, que não são membros da Otan.
“A Finlândia e a Suécia não devem usar política de segurança prejudicando a segurança de outros países. Claramente a adesão da Finlândia e da Suécia à Otan, que é antes de tudo uma aliança militar, teria sérias repercussões político-militares que exigiriam uma resposta de nosso país”, disse Maria Zakharova, da chancelaria russa, em entrevista coletiva em Moscou.