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China critica sanções e diz que vai manter relações econômicas com a Rússia: "Não tem fundamento legal"

O governo chinês criticou nesta quarta as medidas adotadas por países do Ocidente e afirmou que as sanções econômicas “não funcionam”

Créditos: Xinhua
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O governo da China declarou nesta quarta-feira (2) que não vai aderir às sanções contra o sistema financeiro russo liderado pelo Ocidente. 

"No que diz respeito às sanções financeiras, nós não aprovamos, especialmente as sanções lançadas unilateralmente, porque elas não funcionam bem e não têm fundamento legal", declarou Guo Shuqing, presidente da Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China, em entrevista coletiva. 

O representante do governo da China também reforçou que a China que irá "manter as trocas econômicas e comerciais normais com as partes relevantes”. 

“O impacto das sanções na economia e no setor financeiro da China até agora não é muito significativo. No geral, elas não terão muito impacto na China, mesmo no futuro", disse Guo Shuqing. 

Atualmente, o comércio total entre os dois países está na casa dos US$ 146,9 bilhões. A Rússia é uma importante fornecedora de petróleo, gás, carvão e commodities agrícolas da China.


Rússia sofre sua mais dura sanção e é excluída do sistema Swift: "Desconectada do sistema financeiro"

 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou neste sábado (25) que a Rússia será excluída do Swift, principal sistema de transações financeiras internacionais. 

A medida é a mais dura sanção já aplicada contra a Rússia desde que o país governado por Vladimir Putin passou a atacar militarmente a Ucrânia. 

Swift é a sigla de Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication, em inglês) e permite transferências de recursos financeiros entre países de maneira rápida e segura. 

A decisão de excluir a Rússia do sistema veio após acordo estabelecido entre Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Canadá e Reino Unido.

“Vamos paralisar os ativos do Banco Central da Rússia. Isso vai congelar as transações e vai tornar impossível para o Banco Central para liquidar ativos. E, finalmente, vamos proibir os oligarcas russos de utilizarem seus recursos financeiros em seus mercados”, declarou Ursula von der Leyen. 

“Primeiro, nos comprometemos a garantir que os bancos russos selecionados sejam removidos do sistema de mensagens Swift. Isso garantirá que esses bancos sejam desconectados do sistema financeiro internacional e prejudiquem sua capacidade de operar globalmente”, diz comunicado conjunto dos países que tomaram a decisão.