RÚSSIA X UCRÂNIA

Quais países apoiam a Rússia na guerra contra a Ucrânia?

Venezuela, Irã e Belarus são algumas das nações que se colocaram a favor de Putin no conflito; confira lista

Créditos: Isac Nóbrega/PR
Escrito en GLOBAL el

Países europeus condenaram a invasão da Ucrânia pela Rússia nesta segunda-feira (28) em reunião emergencial da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Cazaquistão e Tajiquistão, que nasceram da antiga União Soviética e vivem sob a área de influência russa, adotaram o silêncio como forma de autodefesa.

O próprio presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), disse manter neutralidade em relação ao conflito por depender do comércio com o país soviético, principalmente em relação aos fertilizantes.

Apesar de, até o momento, a maioria das nações estar neutra ou contra a Rússia na guerra, alguns países se manifestaram a favor do líder soviético Vladimir Putin.

Quais são os países que apoiam a Rússia na guerra?

Belarus

A Bielorrúsia é um dos aliados mais fiéis da Rússia e um dos parceiros comerciais mais importantes do país. Desde 2000, as duas nações assinaram um tratado de cooperação, indicando uma possível formação de uma União Estatal. 

De acordo com informações da CNN, a inteligência ucraniana indica, inclusive, que Belarus pode participar diretamente na invasão da Ucrânia, além de permitir que os russos usem seu território e deixá-los cruzar a fronteira.

O presidente da Bielorrúsia, Aleksander Lukashenko, disse que as tropas bielorrusas "não estão participando da guerra" mas, se a Rússia precisar, "estarão lá". “Não vamos nos justificar aqui sobre nossa participação ou não participação neste conflito. Repito mais uma vez. Nossas tropas não estão lá, mas se for necessário, se Belarus e a Rússia precisarem deles, eles estarão lá”, afirmou.

Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tem se mostrado um grande apoiador de Vladimir Putin. Além de ter dito que "tem certeza que a Rússia sairá dessa batalha unida e vitoriosa", ele declarou “todo o apoio ao presidente Putin e seu povo”.

Diariamente, Maduro tem feito publicações em suas redes sociais contra a influência da Europa, da Otan e dos Estados Unidos na Ucrânia. Segundo o presidente venezuelano, a Organização do Tratado Atlântico Norte planeja cercar a Rússia e destruir o país.

A Venezuela é historicamente uma grande aliada geopolítica da Rússia no mundo. O governo de Putin tem cooperação militar, econômica e estratégica com o país latino-americano, a quem fornece equipamentos militares e mantém laços econômicos.

Irã

O Irã se aproximou da Rússia desde que cortou relações diplomáticas com os Estados Unidos em 1979, após a Revolução Iraniana. Ebrahim Raisi chegou a ligar para Putin e afirmou que a expansão da Otan era uma “séria ameaça” à segurança e estabilidade da região. “A expansão da Otan é uma séria ameaça a estabilidade e a segurança de países independentes de diferentes regiões”, declarou.

Síria

O presidente da Síria, Bashar Al-Assad, apoiou a decisão russa de reconhecer as duas regiões separatistas ao leste da Ucrânia e classificou a iniciativa como “correção da história e restauração do equilíbrio que se perdeu após a dissolução da União Soviética”.

Nicarágua

Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, expressou apoio a Putin no reconhecimento das regiões separatistas Donetsk e Luhansk. 

“A Ucrânia está procurando uma maneira de entrar na Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e entrar na Otan é dizer: ‘vamos à guerra com a Rússia’. E isso explica por que a Rússia está agindo do jeito que está: está simplesmente se defendendo”, declarou.

Ortega disse, ainda, que se for feita uma eleição ou referendo na Ucrânia, como aconteceu na Crimeia, as pessoas "votarão para se juntar à Rússia e retornarão à situação como era antes da queda da União Soviética”.

Cuba

Apesar da grande mídia afirmar que Cuba se colocou a favor da Rússia no conflito, o governo de Miguel Díaz-Canel emitiu uma nota em que explica que o país "apoia as outras nações, principalmente as pequenas, contra a hegemonia, abusos de poder e injustiças", mas que está comprometido com a Carta das Nações Unidas e, por isso, "sempre defenderá a paz e se oporá ao uso ou ameaça de força contra qualquer Estado."

"Lamentamos profundamente a perda de vidas de civis inocentes na Ucrânia. O povo cubano teve e tem uma relação estreita com o povo ucraniano. A história responsabilizará o governo dos EUA pelas consequências de uma doutrina militar cada vez mais ofensiva fora das fronteiras da Otan, que ameaça a paz, a segurança e a estabilidade internacionais", afirmou o governo cubano.