A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, informou, nesta segunda-feira (28), que enviará armas à Ucrânia para ajudar o país na guerra contra a Rússia.
A decisão é considerada histórica, visto que o país tem tradição de manter neutralidade com relação a conflitos militares. "O presidente da República decidiu, por proposta do Governo, que a Finlândia também prestará assistência armada à Ucrânia. A decisão é histórica da Finlândia. Todas as decisões foram unânimes", disse a primeira-ministra finlandesa em pronunciamento.
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A atitude da Finlândia em armar a Ucrânia vem após a Alemanha tomar decisão no mesmo sentido. No sábado (26), o chanceler alemão Olaf Scholz anunciou que os militares ucranianos receberão mil armas antitanque e 500 mísseis alemães. "Os ataques russos marcam um ponto de virada. É nosso dever fazer o nosso melhor para ajudar a Ucrânia a se defender contra o exército invasor de Putin", afirmou.
O governo da Holanda já havia anunciado a doação de 200 foguetes de defesa aérea para a Ucrânia. Os Estados Unidos também resolveram agir para além das sanções econômicas: doaram US$ 350 milhões em assistência militar.
Rússia ameaçou Finlândia
A mudança de postura da Finlândia, ao enviar armas para a Ucrânia, vem ainda na esteira da ameaça que a Rússia fez diante da possibilidade do país nórdico aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“A Finlândia e a Suécia não devem usar política de segurança prejudicando a segurança de outros países. Claramente a adesão da Finlândia e da Suécia à Otan, que é antes de tudo uma aliança militar, teria sérias repercussões político-militares que exigiriam uma resposta de nosso país”, disse Maria Zakharova, da chancelaria russa, em entrevista coletiva em Moscou na última sexta-feira (25).
Através das redes sociais, a primeira-ministra finlandesa Sanna Marin informou que o parlamento de seu país discutirá a situação da Ucrânia nesta terça-feira (1) e que a adesão ou não da Finlândia à Otan está entre os assuntos a serem abordados.