O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu nesta terça-feira (15) que o país entendeu que não poderá entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) após conversas com países-membros da organização militar diante da guerra com a Rússia. O possível ingresso ucraniano na Otan é uma das motivações para a invasão russa por contrariar acordos que foram feitos nos anos 90 sobre a não expansão para o Leste Europeu.
“A Ucrânia não será membro da Otan, nós entendemos isso. Ouvimos por anos que as portas estavam abertas, mas também ouvimos que não podemos entrar [na Otan]. É a verdade e isso precisa ser reconhecido”, afirmou Zelensky em videoconferência com líderes da Força Expedicionária Conjunta, aliança militar de países europeus encabeçada pelo Reino Unido.
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Apesar de sinalizar uma não-adesão à Otan, o presidente ucraniano pediu maior apoio dos europeus para o financiamento militar do país. "Se não podemos entrar pela porta aberta, devemos cooperar com as comunidades que nos protegerão e nos darão garantias", disse.
Zelensky ressaltou que ainda é possível frear a operação militar russa na Ucrânia. No sábado, o mandatário ucraniano disse que já estava pronto para conversar com a Rússia. No domingo, vieram novos acenos sobre um possível acordo de paz.
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"Não vamos ceder em princípio em nenhuma posição, a Rússia agora entende isso. [Mas] a Rússia já está começando a falar de forma construtiva. Nossas demandas são o fim da guerra e a retirada das tropas. Vejo um entendimento e há um diálogo", declarou o ministro ucraniano Mikhailo Podoliako, que participa da mesa de negociação com os russos.
A Rússia defende que a Ucrânia se estabeleça como um estado neutro, sem que o país ingresse em nenhum bloco militar.