Os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, concordaram com a realização de uma cúpula proposta pelo presidente francês Emmanuel Macron para tratar da Ucrânia e evitar uma escalada armada entre as duas nações.
De acordo com nota divulgada pelo Palácio Elysée, sede presidencial de Macron, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, devem se reunir na próxima quinta-feira (24) para tentar alcançar um acordo diplomático.
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Segundo o comunicado do Palácio Elysée, o presidente Macron telefonou para Putin e Biden que, após as respectivas conversas telefônicas, aceitaram a realização da reunião.
A viabilidade ou não da cúpula proposta por Macron será avaliada na reunião que acontece nesta quinta. No entanto, os porta-vozes do Kremlin e da Casa Branca são céticos quanto a realização de uma reunião entre Biden e Putin.
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Cúpula é vista com ceticismo pela Casa Branca e Kremlin
Em comunicado divulgado na noite deste domingo (20), a secretária de imprensa do governo Biden, Jen Psaki, diminuiu as expectativas de uma reunião entre Biden e Putin se materializando, pois, "as autoridades dos EUA têm informações de que Putin poderia lançar uma invasão em breve".
"Estamos sempre prontos para diplomacia. Também estamos prontos para impor consequências rápidas e severas caso a Rússia escolha a guerra. E, atualmente, a Rússia continua com os preparativos para um ataque em larga escala contra a Ucrânia muito bem breve", declarou Psaki.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou na manhã desta segunda-feira (21) que "não há planos concretos" para uma reunião entre os dois presidentes.
"Foi alcançado um entendimento substantivo de que é necessário continuar o diálogo ao nível dos ministros. É muito cedo para falar sobre planos concretos para organizar cúpulas. É claro que não descartamos que, se necessário, os presidentes da Rússia e dos EUA possam tomar uma decisão a qualquer momento de ter contatos, por telefone ou pessoalmente. Será decisão deles", disse Peskov.