Em campo neste sábado (17) na disputa do terceiro e quarto lugares contra a seleção de Marrocos, o croata Luca Modric, de 37 anos - nascido ainda sob a bandeira da extinta Iugoslávia - estará se despedindo dos gramados como maior jogador da história de seu país, com o vice-campeonato em 2018 na França.
Com 160 jogos e 23 gols pela seleção principal da Croácia, onde atua desde 2006, Modric fez história no futebol de seu país.
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No entanto, sua própria história mostra que o atleta estava predestinado a vencer.
Modric nasceu e viveu os primeiros anos de sua vida na vila de Modrici que fica localizada na aldeia de Zaton Obrovacki, situada na encosta sul da montanha Velebit, ao norte da cidade de Zadar, na Croácia.
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A região foi alvo de uma sangrenta disputa durante a guerra da independência da Croácia, entre 1991 e 1995 - em meio ao conflito entre Iugoslávia e Sérvia -, o que fez com que o filho mais velho de Stipe Modric e de Radojka Dopud fugisse da região.
Aos 6 anos, em meio aos bombardeios, Modric viu o pai deixar a casa para servir às forças croatas e o avô ser assassinado em frente à casa da família.
Para fugir da triste realidade, o menino Luca se distraia jogando futebol em meio aos destroços.
Com a casa ameaçada por minas terrestres, ele viveu como refugiado em Zadar. Aos 12 anos, tentou uma chance no clube do coração, o Hadjuk Split, mas foi rejeitado por ser considerado franzino demais.
No entanto, em 2001, aos 16 anos, assinou com o Dínamo Zagreb, clube que defendeu em sua primeira temporada no ano seguinte nas categorias de base. Ainda em 2001, entrou na seleção sub-17 da Croácia e cinco anos depois estrearia no time principal de seu país.
Bola de ouro na Copa de 2018 - superando até mesmo o astro francês Kulian Mbappé, o bola de prata - Rodric, que joga no Real Madri, encerra sua trajetória como o mais importante atleta da jovem da seleção da Croácia, que chegou à semifinal de uma Copa sete anos depois da independência do país.