A Argentina dá o pontapé inicial, nesta terça-feira (11), para um julgamento que promete mobilizar o país: sobre a morte do ex-jogador Diego Armando Maradona.
Os réus são integrantes da equipe médica do ídolo, acusados de homicídio por negligência, um caso que tem depertado as emoções no país onde Maradona é um dos principais personagens da história.
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O julgamento, que deve durar meses, acontece mais de quatro anos depois da morte de Maradona, no dia 25 de novembro de 2020, por insuficiência cardíaca, aos 60 anos. O ex-jogador havia sido submetido dias antes a uma cirurgia no cérebro.
Um tribunal em San Isidro, nos arredores de Buenos Aires, colherá depoimentos de cerca de 120 testemunhas. Os réus são acusados de “homicídio simples com dolo eventual” no tratamento do ex-jogador.
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Adoração e reverência
Para se ter uma ideia do nível de adoração do povo argentino, um de seus apelidado é “D10S”, uma brincadeira com a palavra espanhola para Deus (Dios) e o número da camisa que usava.
Maradona lutou contra o vício em álcool e drogas, mas isso não o impediu de sempre ser adorado, inclusive, por sua personalidade forte, que levou a seleção da Argentina ao título da Copa do Mundo de 1986.
Tudo isso abalou o país em torno da morte do ex-jogador. Ainda mais depois que uma junta médica, nomeada para investigar as circunstâncias, concluiu, em 2021, que a equipe de profissionais que atendeu o astro do futebol havia agido de forma “inadequada, deficiente e imprudente”.
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