As polêmicas em torno dos uniformes dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Paris ganharam mais um capítulo nesta segunda-feira (22) quando Fernando Ferreira, o atleta de decatlo conhecido como "Balotelli", usou as redes sociais para expor sua frustração com os uniformes que recebeu na capital francesa.
“Vocês não têm ideia do quanto foi broxante receber o material da seleção. Sempre achei que nas Olimpíadas receberíamos uma mala de materiais, com tênis, roupas e sapatilhas, mas parece que não é bem assim para nós”, escreveu no X, antigo Twitter.
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O decatlo é um tipo de competição de atletismo que dura 48 horas e prevê 10 provas diferentes ao longo desse período. Exige, em termos de material esportivo, diferentes uniformes e sapatilhas para ser realizada na totalidade. Mas ele só recebeu 3 jogos de uniformes.
“Irei passar mais de 20 horas na pista de atletismo, dois dias de competição divididos em 4 etapas, e recebi como material uma regata, um macaquinho e um shorts. Assim que acabarem as provas no primeiro dia tenho que correr para a vila para lavar o material, ou vou competir sujo”, desabafou.
Sobre as sapatilhas, o atleta afirma que precisa usar 7 diferentes para cada prova específica. Sem patrocínio de marca esportiva, precisará bancar o material do próprio bolso. Ele finaliza o protesto mostrando os uniformes de um colega espanhol, em foto que mostra dezenas de conjuntos. “Em outras seleções, é assim que funciona”, escreveu.
Os kits espanhóis, no entanto, seriam de fora dos Jogos Olímpicos e já tinham sido entregues aos atletas antes da ida à França. No caso brasileiro os materiais são entregues em Paris pela Peak, empresa que patrocina o COB.
“Estamos buscando resolver essa questão dele e de todo atleta que tiver algum tipo de problema para que estejam tranquilos para focar na competição”, disse a Confederação Brasileira de Atletismo em nota enviada ao Uol.